Sagres em OFF
Rubens Salomão

Lissauer cita ‘coerência’ para reconciliação com candidatura isolada na base caiadista

O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), mostrou ontem intenção de superar insatisfação com Ronaldo Caiado (UB), criada quando o governador definiu que seria impossível impedir candidaturas isoladas e definir pleito único ao Senado na base aliada ao Governo. O deputado estadual confirmou em encontro com prefeitos a disposição de manter candidatura pela base, depois de ter avançado em diálogos com chapas que fazem oposição direta ao governo de Caiado.

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“Minha conversa com Vilmar Rocha [presidente do PSD] para me filiar ao partido foi sempre pautada pela composição na base do governo. Claro que tivemos, ao longo desses dias, a procura de outras bases, mas o PSD sempre foi um partido que teve coerência”, avaliou o pré-candidato. Lissauer teve negociações avançadas com o projeto encabeçado pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), e, principalmente, com o grupo bolsonarista, liderado pelo deputado federal Major Vitor Hugo (PL). Não houve acordo nas duas chapas, já que só havia lugar na vice.

“O partido está conduzindo esta estrutura partidária para podermos, na sexta-feira, tomarmos a decisão mais coerente para o partido e, claro, caminhando no rumo que é a composição com a chapa de reeleição do governador Ronaldo Caiado”, considerou o presidente da Alego. As declarações foram dadas em reunião com 24 prefeitos, em encontro organizado pela Federação Goiana dos Municípios (FGM) e Associação Goiana de Municípios (AGM). Lissauer ainda reconheceu que a decisão do TSE, de autorizar candidaturas independentes, alterou os rumos da articulação.

Frustração

“Nossa meta sempre foi lançar candidatura única, nosso trabalho foi para isso. Mas a legislação permitiu e não temos como impedir outros partidos de lançarem candidaturas. Tudo vai ser definido até sexta-feira. Agora, é uma questão que sobrepõe qualquer vontade pessoal ou partidária”, lamentou Lissauer Vieira.

Fogo amigo

O deputado ainda defendeu “buscar espaço ou ter entendimento” para superar insatisfações passadas e evitar conflitos futuros na base.

Reformas

“Tenho uma história da minha gestão em parceria com o governador ao longo destes três anos e meio. (…) Fizemos várias parcerias, nos unimos em matérias extremamente difíceis, fizemos talvez uma das maiores reformas históricas para reequilibrar as finanças do estado”, lembrou Lissauer.

Municipal

Ronaldo Caiado participou ontem da sétima e última reunião com prefeitos que apoiam o governador na busca da reeleição. A reunião foi realizada na sede estadual do União Brasil, em Goiânia, com 35 gestores de municípios do Sul e Sudeste do estado.

Investimento

O governador disse que atuou na recuperação fiscal do estado. “Quando entrei, pagávamos R$ 3 bilhões de dívida por ano. Nesse ano, paguei R$ 90 milhões. Goiás é rico demais. É só fechar a boca da corrupção que sobra para as realizações”, disse aos prefeitos.

87%

Segundo a organização, todos os encontros reuniram 214 prefeitos, de todas as regiões do estado, que declararam apoio a Caiado, o que representa 86,99% do total de 246 cidades.

Assunto

Nas reuniões, tiveram destaque pautas como a gestão das finanças estaduais, segurança pública, combate à corrupção, além de investimentos em obras e programas sociais.

Foto: Eurípedes Junior (dir.) e advogado em frente à sede do TSE, Brasília. (Crédito: Divulgação)

Estica e puxa

Decisão do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), define o retorno de Eurípedes Júnior ao comando nacional do PROS (Partido Republicano da Ordem Social). A nova ordem judicial suspende decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), que derrubou Eurípedes do cargo em março deste ano.

Imbróglio

O atual comando do PROS, presidido Marcus Vinicius Chaves, deve recorrer. O partido vive disputa pelo comando desde 2020, após o afastamento de Eurípedes por suspeita de corrupção com verba do Fundo Partidário. O atual comando em Goiás definiu, na semana passada, apoio ao governador Ronaldo Caiado.

Resultado

A empresa de energia italiana Enel reportou lucro líquido de 1,69 bilhão de euros no primeiro semestre de 2022. O valor significa queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a receita cresceu 85,3% em base anual, para 67,258 bilhões de euros.

Fatores

O lucro comparado com os juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 1,6%, para 8,29 bilhões de euros, devido à baixa disponibilidade de água, o que causou uma redução significativa na geração de energia hidrelétrica, e com o aumento nos custos de provisionamento.

Demanda

Já a receita cresceu em todos os segmentos de negócio, com aumento das quantidades de eletricidade e gás vendidas a preços médios crescentes e um aumento das quantidades de eletricidade produzida, além do ganho com a venda parcial do investimento de capital na Ufinet, diz a Enel.

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