Foto: Imagem internet

 

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A senadora Lúcia Vânia (PSB) continua sendo o nome da preferência das principais lideranças da base governista para a chapa majoritária com José Eliton e Marconi Perillo (ambos PSDB). E ela, por seu lado, segue com a posição que tomou faz tempo: vê como seu lugar natural a base que ajudou a construir, como natural o seu lugar nessa base – o direito à reeleição -, e não disputa espaço com ninguém, e aí leia-se com o ex-senador Demóstenes Torres (PTB).

“A avaliação de quem deve compor a chapa (netda base governista) é das lideranças politicas”, disse ela à Rádio Sagres 730 nesta quarta, 4, durante evento do PSB. “Essa definição não depende de mim.” Palavras escolhidas com cuidado. Não se trata, eis a ponderação elementar dela, de se “impor vontade pessoal”. É questão de se “aceitar o que as lideranças entendem como o melhor para a chapa.” O que as lideranças preferem? Quem Eliton e Marconi preferem do seu lado na foto de campanha?

Ônus inegável para a base haverá caso se cumpra a decisão dela de não ser candidata a nada. Seria ficar sem o capital politico dela e ter que lidar com o custo da explicação de seu alijamento. Seria ainda trocar, na chapa majoritária, uma política com capital político reconhecido e imagem impecável por um outro que luta para reconstruir exatamente a sua imagem e recuperar o seu capital perdido, depois de longo tempo de desgaste.

Sobre este último ponto reside a preocupação prática daqueles que cuidam da campanha do governador José Eliton à reeleição. Preferem uma chapa com dois puxadores de voto – Marconi Perillo e Lúcia Vânia – a uma chapa com um ponto de interrogação. Aliás, dois: Demóstenes e o próprio PTB, no centro de denúncias nacionais recentes, que envolvem fraudes no Ministério do Trabalho e outras avenças. Gostariam mesmo de Demóstenes como candidato a deputado federal. Nessa conta, a saber: Demóstenes e o presidente do PTB, deputado federal Jovair Arantes, topam?

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O PTB, estrategicamente, anunciou há mais de mês o seu apoio a José Eliton. Não o fez por precipitação. O apoio funciona como mais um elemento de pressão sobre o governador e sobre Marconi Perillo, que também conduz politicamente, interessado direto que é, a negociação. Nada impede, por exemplo, que o PTB, se não concordar com o andamento dessas negociações, tome outro rumo, como aliança com Daniel Vilela (MDB) ou Ronaldo Caiado (DEM). Por conta da chapa de candidato a deputado federal, talvez não seja a preferência, mas é um caminho.

Há avaliações de que Demóstenes pode ser candidato avulso, expressão muito usada nos bastidores. Como seria isso, ninguém consegue explicar direito. O PTB, cada vez mais, fica entre endurecer a conversa com José Eliton e Marconi Perillo em nome de Demóstenes, indo às últimas consequências – o rompimento com a base governista -, e considerar o que é melhor para toda a legenda, e para Jovair, líder que puxa todos e que precisa manter o posto e a força.

Lúcia Vânia está na dela. Sua história é maior que essa confusão estabelecido na base. Toca sua vida transferindo a solução do dilema. Resolver o imbróglio não é problema dela. É dos maiores interessados: Eliton, Marconi e todos que dependem da sobrevivência da base – dos que não querem perder o poder. Mais que tudo, de Eliton. Sobre Marconi, há sempre que se considerar: a sua meta é ser o mais votado, e hoje, a senadora tem potencial até para superá-lo. Isso está apontado nas projeções de segundo voto.

Avaliação de um governista acostumado aos embates internos: Marconi quer Lúcia Vânia ao seu lado, mas quer principalmente garantir que ele chegue em outubro, lá nas urnas, maior que ela.