A ex-candidata à presidência da República pelo PSOL, Luciana Genro, foi a convidada da primeira edição do Jornal 730, na manhã desta quinta-feira (27). Ela analisou a campanha presidencial, o destino do PSOL, a reforma administrativa, família e futuro político.

Luciana Genro afirma que o balanço de sua participação no pleito eleitoral de 2014 foi positivo, apesar das dificuldades relativas a um partido pequeno. “Nós dobramos a votação que tivemos em 2010, e também aumentando a bancada de deputados estaduais e federais”, avalia.

Ouça a entrevista de Luciana Genro na íntegra: {mp3}stories/2014/novembro/luciana_genro_27-11{/mp3}

Para a gaúcha, o futuro do PSOL está na juventude. Ele ressalta que os jovens, os movimentos sociais e a comunidade LGBT têm sido muito receptivos à atuação do partido.

A ex-candidata salienta que para quem pretensões muito eleitorais tem dificuldades para permanecer no PSOL, pois o partido não faz aliança com qualquer um e tem critérios muito rígidos para se aliar a outras siglas. Ela ressalta os embates com o senador Randolfe Rodrigues, que era favorável a um leque maior de parcerias.

Reforma política

Luciana diz que o Congresso Brasileiro pode realizar uma reforma política que vai piorar a situação da representatividade das instituições e da democracia política. Segundo ela, a cláusula de barreira, defendida por alguns parlamentares, tem o objetivo de instituir o bipartidarismo no Brasil, como acontece nos Estados Unidos.

A ex-deputada federal indica o caminho para eliminar os chamados partidos fisiológicos. “Basta adotar uma medida simples, na qual, na propaganda eleitoral, o partido cabeça de chapa só possa usar o tempo de TV referente à sua bancada no Congresso e não de toda a coligação. Assim estes partidos perdem o poder de barganha”, receita.

Em 2016, Luciana pretende concorrer à prefeitura de Porto Alegre. Como o pai dela, Tarso Genro, não foi reeleito governador do Rio Grande do Sul, ela está legalmente desimpedida para concorrer a cargos do poder executivo no Estado.