O deputado federal Rubens Otoni (PT) detalhou em entrevista à Sagres que o ex-presidente Lula (PT) tem proposto uma ampliação do diálogo com outras forças políticas, tendo em vista as eleições de 2022. O ex-presidente esteve em Brasília na tarde desta segunda-feira (4) reunido com a bancada do PT na Câmara e no Senado, justamente, para conversar sobre o assunto.
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“Lula deixou claro que vai falar com todos aqueles que quiserem dialogar, independente de pensar diferente. É preciso mostrar respeito, serenidade e equilíbrio, mostrar que tem compromisso com nosso País. É com essa postura que nós vamos conversar e superar essas diferenças que possam existir”, afirmou o deputado.
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O pedido para reunir diferentes ideias ocorre após Ciro Gomes (PDT) ser hostilizado nas manifestações do dia 2 de outubro. “É claro que em todo o momento existem opiniões diferentes, com reações diferentes e isso foi no calor da manifestação. Mas no sentido do diálogo, existe a maturidade necessária. O Fernando Haddad (PT), nossa liderança de são Paulo, se manifestou imediatamente, mostrando que apesar das diferenças, nós temos todas as condições de diálogo”.
Para Rubens Otoni, a maneira como o ex-presidente age, no momento, com “serenidade, equilíbrio e responsabilidade” o convence que Lula pode voltar a ser presidente do Brasil. “A presença dele em Brasília é neste sentido de dialogar com quem pensa diferente, tentar articular ações conjuntas, ampliar o leque de ações”.
Manifestações e Impeachment
Os protestos em prol do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado no último sábado (2,) teve pouca adesão fora da esquerda. Questionado sobre o assunto, Rubens Otoni afirmou que não está preocupado com o tamanho da manifestação. “A questão da presença é relativa, até porque, com a pandemia nós temos que ter mais cuidado, nós não podemos ficar omissos diante da questão política, mas temos que estar atentos também na responsabilidade de controle da pandemia”.
O deputado declarou que a esquerda trabalha também de outras maneiras para mudar a “situação política gravíssima que vive o Brasil”, com articulação dentro do Congresso para ganhar mais adeptos que possam votar a favor do impeachment de Bolsonaro, caso haja a abertura do processo. Outro ponto da articulação no Congresso, segundo o deputado, é impedir um “desmonte das políticas públicas”.
Eleições em Goiás
Com objetivo de aumentar o número de representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, o PT também trabalha para participar da eleição para governador, mesmo que ainda não tenha se definido sobre candidatura própria.
“O PT tem uma posição bastante transparente e, da mesma maneira que nós somos oposição ao Bolsonaro no Governo Federal, nós somos oposição ao governo do Estado, somos oposição ao Ronaldo Caiado (DEM)”.
Assista a entrevista no Sinal Aberto:
