Foto: Sagres Tv

Ambientes charmosos, aconchegantes e com bom gosto. Uma casa no Jardim Guanabara III, em Goiânia, tem quase todos os móveis e decorações feitos com o que foi encontrado na rua, jogado fora. Tudo começou há cerca de 10 anos, quando Marcelo Monteiro, de 53 anos, teve dengue, mais de uma vez.

A partir daí, Marcelo deu um rumo novo para a vida e decidiu reunir os vizinhos para uma espécie de mutirão de limpeza no bairro onde mora, o Jardim Guanabara III. Depois do mutirão, muitos dos materiais recolhidos foram deixados na casa do Marcelo, até que fosse dada uma destinação correta a eles. Nesse intervalo, Marcelo descobriu que muitas coisas ali poderiam ser reaproveitadas.

Um cone de sinalização de trânsito, com alguns retoques, virou um lindo abajur. Um antigo móvel de escritório ganhou madeiras novas, pés de cama box e se transformou num aconchegante sofá. Arames foram entrelaçados, ganharam coloridas pinturas e se transformaram em esferas decorativas. Filtros de barro também viram peças decorativas.

A Casa chama a atenção

Marcelo já foi personagem de várias reportagens de portais online, revistas e televisões, vizinhos adoram visitar a casa e, esta semana, a equipe da Sagres também foi conhecer o local. Um dos ambientes que mais impressionou a nossa equipe foi o deck, que é um convite a momentos de leitura e reflexão. O piso foi feito com madeiras de camas e portas, que ganharam uma linda pintura preta. O sofá também foi feito com um móvel encontrado na rua.

Outro ambiente que chama a atenção na casa é um espelho d’água com vários peixes, entre caranhas e tilápias. Desperta curiosidade primeiro pelo barulho de cascata, que é possível ouvir lá de dentro da casa e depois pela engenhosidade, pois o consumo de água é minimo, porque é aproveitada a água da chuva. Para mantê-la sempre bem oxigenada, Marcelo montou uma engenhoca, usando motor e espumas encontradas entre o que iria ser descartado no lixo.

A esposa do artista plástico, Karla Martins, disse que gosta dos móveis e decorações da casa: “Quando chegam as coisas que ele traz da rua, logo penso que dali não tem como sair nada, mas ele vê arte onde ninguém vê e logo aquilo se transforma numa linda peça para a casa. Nossa casa está se transformando num paraíso”.

O que começou de forma despretensiosa, deve em breve virar fonte extra de renda. “Muita gente vem aqui e faz questão de tirar fotos, filmar e, por isso, decidimos que vamos passar a alugar o quintal para fotos e filmagens, por exemplo, para noivas e para gravação de clips musicais”, explica o artista plástico, que afirma que quer inspirar outros. “Não podemos manter esse consumo desenfreado e nem essa postura de descartar quase tudo para comprar coisas novas. É preciso reaproveitar, reutilizar, reciclar. Esse é o legado que quero deixar”.

Confira a reportagem de Silas Santos

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