A informação de que 12 mil médicos fazem cirurgia plástica sem passarem por especialização preocupou os profissionais da medicina na Jornada Centro Oeste de Cirurgia Plástica, realizado de quinta-feira (21) a sábado (23) em Goiânia. O presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Nelson Fernandes, revelou a necessidade da aplicação de uma lei permitindo a cirurgia plástica apenas para os médicos especialistas.
“A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica luta há vários anos para que isso não ocorra. Que regulamente uma lei no Conselho Federal de Medicina determinando que a operação seja realizada apenas por um especialista. A gente tem uma esperança muito grande que isso aconteça nos próximos meses”, explica.
A lipoaspiração lidera como a cirurgia plástica mais feita no país, seguido do implante mamário de silicone. Sobre a cirurgia de reconstrução mamária pós-câncer, o presidente Nelson Fernandes garantiu que a operação é paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Num primeiro momento a mulher tem o impacto da notícia de uma doença que pode matá-la. Depois ela tem a mama extirpada, tornando-se um grande sentimento de perda. A psiquê fica abalada por causa da falta de uma mama. Infelizmente a gente tem filas muito grandes no serviço público de saúde. A Sociedade de Cirurgia Plástica vem fazendo mutirões, principalmente para reconstrução mamária”, relata.