Sobre as cobranças públicas feitas pelo secretário de Segurança Pública João Furtado aos militares dizendo que alguns deles são preguiçosos, corruptos e que estão fazendo uma “Operação Tartaruga”, o deputado Major Araújo (PRB) fez um requerimento na Assembleia Legislativa convidando o secretário a um diálogo com os deputados para que se exponham as dúvidas sobre a banda podre.
“Temos desvios de conduta da Polícia Militar, como tem em qualquer outra instituição, mas da forma como ele colocou, parece ser muito mais amplo do que nós pensamos, então queremos saber também. Queremos saber quais as providências que ele vai adotar, caso contrário, ele estaria cometendo um crime”, declara.
Ele disse que a partir do momento que o secretário sabe que tem uma banda podre, no sentido de boicotar a segurança pública, as providências precisam ser tomadas por ele apurando os fatos e responsabilizando quem deve.
“Um secretário de segurança pública tem que ter certos cuidados ao fazer uma exposição. Há uma crise instalada que precisa ser resolvida, a relação precisa melhorar, mas o que vemos é o secretário com declarações e ações que pioram a crise”, relata.
Segundo o Major, os policiais estão chateados e pedem a saída do secretário. “Quando é anunciado que ele vai a um determinado batalhão, os policiais dizem que vão até faltar ao serviço, porque não querem nem ver a cara do secretário. Há um clima de desânimo na Polícia Militar”, afirma.
Major Araújo conversou com o secretário João Furtado, e este disse que vai recebê-lo e que aceita sugestões.
“O meu sentimento é que quando ele diz que só a Polícia Civil iria atuar na questão do Caça-Níquel. Para ele, parece que a banda podre é a Polícia Militar, e a banda boa é a Polícia Civil”, opina.
Ele afirma procurar das mais diversas formas um desfecho para essa crise, que podem trazer sequelas que não vão ser reparadas.
Sobre o governador, o deputado afirmou que ele adotou algumas medidas, como o anúncio que será construído um presídio militar, o que pode devolver a confiança aos policiais militares para trabalhar.