(Foto: Montagem)

Após 6 jogos do campeonato goiano, a imprensa esportiva levantou uma velha e repetida polêmica para explicar o sucesso absoluto de uma equipe e relativo de outra. Para alguns cronistas, os 100 por cento de aproveitamento do Goiás na competição tem uma explicação: a Michael-dependência; assim como o terceiro lugar do Vila também é fruto da dependência do meia Alan Mineiro.

Os colegas merecem respeito. Muitos são especialistas e estudiosos. Toda equipe que apresenta um bom rendimento momentâneo ou duradouro chama à atenção. O Barcelona ficou no topo do futebol mundial por um longo período, não só porque tinha Messi acumulando artilharias e títulos de melhor jogador do mundo, mas também porque tinha Piqué, Puyol, Xavi, Iniesta e Villa. A importância e o estrelato de Messi era e é inegável, mas o conjunto do time Catalão prevaleceu com o famoso tiki-taka (tiqui-taca). O craque argentino se beneficiou e muito do amplo domínio da posse de bola deste esquema para alcançar as suas conquistas individuais e coletivas.

No Goiás, o atacante Michael tem feito a diferença a favor do time esmeraldino. Se no ano passado, ele contou com ajuda substancial de Giovanni e Lucão, entre outros; este ano, é notória a contribuição de Marlone e principalmente de Léo Sena, que saiu da trevas para iluminar o caminho de Michael com 3 assistências de gol. A estabilidade defensiva do alviverde também facilitou a vida do artilheiro do campeonato.

O técnico Maurício Barbieri está certo ao refutar a Michael-dependência. O time dele tem conjunto, organização e padrão de jogo. Sei que muitos colegas utilizam o termo Michael-dependência ou Alan Mineiro-dependência como de Força de expressão. É uma Referência exagerada, estereotipada ou forçada para qualificar o excelente momento vivido pelo time esmeraldino e ressaltar a importância de Alan Mineiro no terceiro lugar do Vila.

Importância sim, dependência não!

SONHOS INTERROMPIDOS!

A tragédia no Centro de Treinamento do Flamengo, Ninho do Urubu, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, comoveu o mundo. O incêndio que devastou as dependências do CT, matou 10 jogadores da base e deixou mais 3 feridos.

O Sonho interrompido é sempre uma frustração. O Sonho interrompido diante de uma grande tragédia é incompreensível. A tragédia no Ninho do Urubu matou um pouco de todos nós. O futebol está mutilado. Perdemos um time inteiro, jovem e promissor. Os familiares choram a perda de suas “crianças”. Uma tristeza! Estamos de luto!

Que Deus conforte todas as famílias e que as autoridades apurem as responsabilidades e punam os responsáveis, se houver!