Pela primeira vez, desde o início dos protestos contra o aumento do transporte coletivo em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) admitiu a possibilidade de suspender o reajuste. Até então o petista sempre descartou qualquer chance de cancelar o reajuste da tarifa.

Após uma reunião com o Conselho da Cidade e líderes do Movimento Passe Livre (MPL), o prefeito conclamou apoio da sociedade para optar pela medida. “Se as pessoas me ajudarem a tomar essa decisão, eu vou me subordinar à vontade das pessoas porque eu sou prefeito da cidade,” disse.

Haddad alertou que para suspender o aumento, será necessário que a prefeitura desembolse R$ 8 bilhões até 2016. Mas ele sugeriu outras opções, como uma nova desoneração de impostos por parte do governo federal e redução nos lucros das empresas que prestam o serviço.

Além das medidas tradicionais, Haddad sugeriu que poderia fazer com que pessoas que usam o transporte individual ajude a pagar o transporte coletivo. Neste caso seriam criados pedágios urbanos para gerar a arrecadação necessária.

A passagem do transporte coletivo em São Paulo foi reajustada no último mês de R$ 3 para R$ 3,20.