(Foto: Arquivo / Sagres Online)
O ex-governador Marconi Perillo começou a trabalhar na holding da CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da família de Benjamin Steinbruch, em São Paulo. O ex-governador mudou-se para São Paulo logo após ter sido detido pela Polícia Federal, em 11 de outubro. Depois do autoexílio de quase um mês, Marconi voltou a Goiânia há duas semanas para providenciar o final da mudança, inclusive a entrega da casa onde morava no Jardim Milão, e a prestação de contas de sua campanha eleitoral. Em Goiás agora ele tem apenas sua casa no sítio em Pirenópolis.
Pessoas próximas ao ex-governador ouvidas pela Sagres On-Line confirmam que sua nova atividade profissional e informa que ele ficou responsável para dar assessoria na área de projetos e andamento de obras de infraestrutura.
Segundo o jornal Valor Econômico informou em sua edição desta segunda-feira (26), Marconi e sua mulher, Valéria Perillo, criaram em julho a empresa MV Consultoria, que foi contratada para a prestação de serviços à controladora da CSN. Ainda de acordo com o mesmo jornal, a intermediação entre Marconi e a siderúrgica foi feita pelo governador eleito de São Paulo, João Dória, amigo de Marconi. Dória também é amigo de Benjamin Steinbruch, presidente da CSN.
A siderúrgica tem como principal acionista a Vicunha Aços, que detém 50,3% do capital votante da CSN. Por sua vez, a Vicunha Aços é 100% controlada pela Vicunha Steel, que tem dois sócios: a Rio Purus, com 60%, e a CFL, com os 40% restantes. Os dois ramos da família Steinbruch (filhos dos dois fundadores, os irmãos Mendel e Eliezer) são os maiores acionistas da siderúrgica e da Vicunha Têxtil. São donos também de diversos imóveis e do Banco Fibra.
Marconi Perillo perdeu a eleição para senador em 7 de outubro. Ele ficou apenas em quinto lugar, atrás de Wilder Morais (DEM), Lúcia Vânia (PSDB) e dos vencedores, Jorge Kajuru (PRB) e Vanderlan Cardoso (PP). A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Cash Delivery a nove dias da eleição.
A operação fez busca e apreensão no escritório e na casa de Marconi e prendeu Jayme Rincón, na época presidente licenciado da Agetop, e um dos principais assessores do governo. Após a eleição, Marconi foi preso na sede da PF ao se apresentar para prestar depoimento no inquérito. Ficou detido por 24 horas, até conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A prisão abalou muito o ex-governador.