Com informações da repórter Mirelle Irene

O governador Marconi Perillo (PSDB) participou na última quinta-feira (12) da cerimônia de posse do presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), em Brasília. De volta a Goiânia, no evento de abertura oficial da Pecuária 2016 nesta sexta-feira (13), Perillo disse estar confiante com as perspectivas do governo pós-Dilma Rousseff (PT).

“Eu senti um certo alívio político ontem, uma certa distensão política. O clima esteve muito pesado aqui no Brasil nos últimos meses. Isso é bom, nós estamos precisando de serenidade, de soluções para os problemas, e não de briga. A população está cansada, porque quem está pagando o pato por conta da crise política e econômica é o povo”, afirma.

Além de enaltecer a mudança no governo, Perillo destacou que o ciclo de amizade que tem com os novos ministros, e enfatizou o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. “Teremos um goiano comandando a economia, será o homem mais importante do governo, Henrique Meirelles, tem experiência, já provou que é capaz”, ressalta.

Na opinião de Perillo, Temer deve aproveitar a abertura de um diálogo político favorável para realizar reformas estruturantes no país, e que a renegociação da dívida dos estados deve ser uma das pautas do governo federal.

“Ele (Temer) montou um ministério congressual, é como se nós estivéssemos vivendo no parlamentarismo. Esse assunto (dívida dos estados) está judicializado hoje, agora é a hora da conciliação, e eu acho que o dr. Henrique Meirelles terá habilidade suficiente para buscar uma boa negociação que garanta recursos para a União mas também o fôlego para os estados”, argumenta.

Privatização da CELG

Sobre a companhia elétrica, o governador demonstrou confiança na conclusão da privatização, e afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) teria atrapalhado o processo.

“Estava tudo certo. Infelizmente, por conta do impeachment, a presidente pediu para segurar. Agora, a CELG não é um problema do governo de Goiás apenas, é fundamentalmente um problema federal, a CELG é federalizada, e ela não pode entrar em colapso. Ela precisa ter uma solução rápida porque está tendo prejuízos e à medida em que ela for privatizada nós vamos ter dinheiro para novos investimentos garantindo a melhoria do sistema e da energia que é entregue aos consumidores”, ressalta.

Tucanos no governo

Marconi Perillo mostrou cautela ao ser questionado se já era o momento do seu partido, o PSDB, o PSDB participar do governo Temer, uma vez que os tucanos se notabilizaram em oposição ao governo petista, da agora afastada, Dilma Rousseff.

“Eu não diria que essa é a hora, o ideal é que tivéssemos ganho as últimas eleições. Agora, o que eu defendi sempre é que se o PSDB ajudou a aprovar o impeachment o partido tem a responsabilidade de ajudar a governar, de ajudar a fazer a travessia. Não adianta ficar pensando só em 2018 se o Brasil não chegar lá de pé”, defende.