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O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) vai prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no fornecimento de energia elétrica por parte da Enel em Goiás no início de outubro.

“No meu ponto de vista, não acho necessário, mas como foi aprovado requerimento nós vamos deliberar na próxima reunião. Nós estávamos preparados para chamá-lo aqui no começo de outubro para poder ser ouvido, mas a gente está dando uma sequência aqui totalmente do que já teve em uma CPI”, afirma Henrique Arantes. 

O ex-vereador Maurício Beraldo participou da reunião como representante da população do Residencial Vale dos Sonhos, e ressaltou as dificuldades e anseios em relação à distribuição de energia elétrica na região. “O Vale dos Sonhos tem escritura e registro. A população paga ITU que varia entre 2,5 mil e 3 mil reais, e ainda assim mais de 100 lotes não têm energia. As torres de transmissão são antigas e não atendem à demanda das indústrias de móveis instaladas na região”, relatou Maurício.

Para o relator da CPI, deputado Cairo Salim (Pros), loteamentos sem regularização são alvo de ligações clandestinas e geram insegurança à população. “Medidas precisam ser tomadas pela Enel para oferecer um serviço que atenda às necessidades reais do consumidor”, observou o parlamentar.

O deputado Alysson Lima (Republicanos), ao fazer o uso da fala, salientou a importância de ouvir o ex-governador Marconi Perillo, que estava prevista para o próximo dia 26. “Temos uma empresa atuando, que não atende às necessidades do consumidor. Precisamos ouvir o ex-governador antes de assinar o acordo com a Enel”, pontuou.

Henrique Arantes disse que a Enel em Goiás está disposta a assinar um termo de acordo para resolver pontualmente algumas questões levantadas pela CPI em caráter emergencial, o que deve ser o início do fim das atividades desta comissão. “Estamos do meio pro fim. Agora é hora de pontar irregularidades e apontar soluções. A Enel deve aumentar o investimento em transformadores mais velozes e modernos e aumentar o valor investido em um espaço de tempo reduzido. Não dá pra esperar até 2020”, enfatiza.