O empresário Maurício Sampaio se apresentou espontaneamente por volta das 6h da manhã deste sábado (2) na Delegacia de Homicídios (DIH), depois de a imprensa informar que o juiz da 2ª Vara Criminal de Goiânia, Lourival Machado da Costa, decidiu no fim da tarde de sexta-feira (1°) pela prisão preventiva dos cinco acusados pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MP-GO) de envolvimento na morte do cronista esportivo Valério Luiz.

Maurício passou pelo IML para realizar o exame obrigatório de corpo de delito e já está no Núcleo de Custódia. A medida cautelar foi cumprida pelo novo titular da DIH, Murilo Polati. Com o inquérito encerrado, a delegada Adriana Ribeiro passa, a partir de agora, a responder pela Delegacia de Investigações Criminais (Deic).

Apesar da defesa do empresário ainda não ter sido informada oficialmente da decisão, jornalistas publicaram em redes sociais que foram avisados por familiares de Valério Luiz da prisão preventiva. O advogado Ney Moura Teles, um dos responsáveis pela defesa do empresário, já tinha dito que iria entrar com um novo pedido de Habeas Corpus na segunda-feira (4), caso a informação se confirmasse.

O titular da DIH, delegado Murilo Polat, alegou que o motivo da nova prisão se deve ao poderio econômico obtido por Maurício Sampaio, o que de acordo com a justiça, poderia constranger as testemunhas.

“A Polícia Civil não teve acesso à decisão judicial. O juiz entendeu que a representação de prisão preventiva estava bem embasada. Consta principalmente a possibilidade de um eventual constrangimento de testemunhas devido ao poder aquisitivo do suposto mandante, que é o Maurício Sampaio”, explicou.

A prisão preventiva também foi decretada aos demais presos acusados de envolvimento no crime, como afirma o delegado Murilo Polat. “Foram cumpridos todos os mandados de prisão. Os PM’s foram cientificados da mesma situação, no entanto, os cumprimentos serão feitos pela Corregedoria da Polícia Militar. Os demais presos, tanto o Urbano quanto o Marquinhos, estão aqui no Complexo de Delegacias Especializadas, cientificados que estão presos de forma preventiva”.

Cabe ao juiz da 2ª Vara Criminal, Lourival Machado, determinar por quanto tempo que os envolvidos ficarão presos preventivamente.