Depois de abandonar pré-candidatura ao Senado por Goiás e desistir do pleito à vice-governadoria, na chapa do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, Henrique Meirelles (União Brasil) passou a fazer acenos na direção do ex-presidente Lula. O ex-ministro da Fazenda durante o governo Michel Temer e ex-secretário de Fazenda do governo João Doria afirma que mantém uma excelente relação com o pré-candidato petista e avalia que a gestão liderada por ele gerou resultados concretos na economia brasileira.
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Ouça “#427: Meirelles espera “Lula do primeiro mandato” e não descarta participar do governo” no Spreaker.O ex-presidente do Banco Central no governo do PT passa a fazer duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que antes ficavam restritas a considerações brandas no setor econômico, especificamente à eterna defesa do teto de gastos e medidas para controlar a inflação. O ex-ministro anapolino faz agora projeções mais positivas para a retomada econômica no país, em caso de eventual retorno de Lula ao Palácio do Planalto.
“As pessoas me perguntam: como é que vai ser o Lula? Será o Lula do primeiro mandato, o Lula do segundo mandato ou o Lula do governo Dilma? Essa é uma excelente questão, que deve ser perguntada a ele. Mas espero que seja o Lula do primeiro mandato. E aí vamos ver, se ele ganhar a eleição”, disse Meirelles em entrevista à revista Veja.

Futuro ministro?
Questionado se teria interesse em integrar um eventual governo Lula, o ex-ministro desconversa e afirma que aprendeu a não falar sobre hipóteses. Mas deixa a porta aberta, ao parafrasear o próprio Lula e dizer que, embora já tenha caminhado ao lado de Doria, “a Terra é redonda”.
Pautas
Ainda assim, Meirelles diz que questões relacionadas à montagem da equipe econômica devem ficar mais para a frente. “Nós não estamos aqui falando de política. Posições na área econômica têm que ser tratadas tecnicamente, não politicamente.” Apesar dos acenos, Meirelles faz uma árdua defesa do teto de gastos, que foi alvo das críticas de Lula na pré-campanha.

Base adversária
Deputados caiadistas receberam com otimismo a sinalização dada ontem pelo governador sobre a “reestruturação” do sistema prisional em Aparecida de Goiânia. Aliados apontam que o anúncio da medida, feito em entrevista exclusiva à Sagres, deverá representar avanço do governador na base do ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota).
Determinação
“Nós vamos reestruturar tudo aquilo para um outro local dando total liberdade para a população de Aparecia em poder expandir uma área que hoje é quase que 100% ocupado pelas indústrias”, disse Caiado. “O presídio bloqueia aquela capacidade de expansão numa área tão nobre da cidade de Aparecida de Goiânia. Determinei que avançassem com o projeto”, completou.

Saúde
O deputado federal Zacharias Calil (UB) foi eleito presidente da Subcomissão Especial do SUS, da Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, os membros vão tratar do quantitativo e da qualidade da força de trabalho, da integração dos serviços, da gestão e da administração do sistema, do financiamento, da universalização, da ampliação de estratégias e programas da atenção básica, dentre outros.
Pós-pandemia
“A Subcomissão Especial do SUS é muito importante porque ela trata dos assuntos necessários à modernização do SUS e também do aperfeiçoamento da legislação relacionada a ele”, publicou o deputado sobre o trabalho.
Avanços
Segundo o parlamentar, a subcomissão vai discutir as dificuldades enfrentadas pelo SUS com base nos registros do sistema e nos levantamentos já realizados pela Câmara dos Deputados. Além disso, vai “delinear, debater e apresentar” novas propostas para aperfeiçoar o sistema de saúde.

Reencontro
O pré-candidato do PT, Wolmir Amado, e o ex-governador José Eliton (PSB) se reencontraram ontem pela primeira vez depois da desistência de Eliton da pré-candidatura ao governo de Goiás. O ex-governador visitou o ex-reitor da PUC acompanhado dos advogados Cristiano Zanin e Fernando Tibúrcio.
Cenário
José Eliton aponta que a conversa gerou “uma análise clara do cenário do Brasil e de Goiás sobre todos os aspectos”, mas não tiveram qualquer retomada sobre composição de chapa para a disputa da eleição deste ano.
Alianças
PSOL e Rede passaram a considerar a retomada de diálogo com a federação liderada pelo PT, com PCdoB e PV, desde que José Eliton saiu do radar de pré-candidaturas da chama frente ampla de esquerda em Goiás.