Maria Júlia Azevedo Gouveia, do Instituto Unibanco, durante evento de repactuam de metas com a Seduc (Foto: Divulgação)

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A Secretaria de Educação de Goiás (Seduc) estabeleceu como meta aumentar a nota média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio de 4,2 para 4,4. O Estado é o primeiro colocado neste ranking nacional, mas a velocidade do crescimento desse índice, que indica o nível de aprendizagem dos alunos, continua baixa reconhece a gerente de Implantação de Projetos do Instituto Unibanco, Maria Júlia Azevedo Gouveia.

O Estado se propõe a aumentar em dois décimos o Ideb do ensino médio em dois anos – a última prova do Saeb, base de cálculo do Ideb, ocorreu em 2017 e a próxima será em novembro. Apesar de Goiás ser o líder no ranking nacional, a nota ideal, que indica aprendizado razoável dos alunos, é 6,0. Portanto ainda há uma distância de 1,8 ponto a ser perseguida para alcançar a nota ideal. Apesar disso, Maria Júlia observa que, mesmo baixa, essa velocidade ainda é mais alta do que a média dos demais Estados.

Na terça-feira (21), o governo de Goiás e o Instituto Unibanco repactuaram as metas de aprendizagem. De acordo com Maria Júlia, o trabalho foca na gestão escolar e pedagógica, com a qualificação de diretores, coordenadores pedagógicos e coordenadores regionais. Ela explica que o trabalho desenvolvido até agora, a parceria entre governo e instituto começou em 2012, “arou e preparou a terra para produzir impacto na aprendizagem”. “Dez anos de trabalho na gestão (em Goiás tem sete anos) gera cinco pontos de impacto na escala Saeb, o que corresponde a um ano de estudo”.

De acordo com a gerente do Instituto Unibanco o desafio da educação no Estado é gerar mudança que aumente a velocidade, o que pode ser conseguido com formação e envolvimento do conjunto dos profissionais da rede estadual de ensino, com o combate à evasão escolar e a redução das desigualdades regionais no ambiente escolar.

Os colégios militares e escolas de tempo integral têm as melhores notas do Estado no Ideb. O Colégio Estadual da Policia Militar Dr. Cesar Toledo (Anápolis) e o Colégio Estadual José Feliciano Ferreira (Jataí) alcançaram notas 6,2 e 6,1 respectivamente. No entanto, observa Maria Júlia, há uma desigualdade grande na rede, com escolas com notas muito baixas.

Segundo ela, as “experiências modelares de educação”, como os colégios militares e os de tempo integral, selecionam alunos da rede e criam desnível entre as escolas. “A educação de qualidade tem de ser para todos”, observou. A gerente do Instituto Unibanco afirma que essas experiências de ensino de excelência só fazem sentido se servirem como modelos para serem replicadas para o conjunto das escolas e para aprimorar o sistema educacional.