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Rubens Salomão

Mendanha promete dar R$ 2 bilhões à Enel para melhorar distribuição de energia

O candidato ao Governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota), apresentou o que acredita ser um conjunto de “soluções” para melhorar a distribuição de energia elétrica em Goiás. A antiga Celg-D foi vendida para a multinacional italiana Enel em 2016 e, desde 2017, se mantém entre as piores empresas prestadoras do serviço no país. Até o mês de novembro, deve ser finalizado processo de nova venda da distribuidora em Goiás, com a saída de Enel e entrada de nova empresa, em negociação que é acompanhada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Em meio a este processo, o candidato aponta proposta para superar as constantes quedas de energia e a demora no atendimento às ocorrências de comerciantes, ruralistas e industriais. O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia promete, se for eleito, construir 800 quilômetros de linhas de transmissão, 12 novas subestações e reformar outras 20. Segundo a equipe do candidato, a ideia foi “construída junto à uma equipe técnica” e o investimento necessário seria de R$ 2 bilhões.

“Hoje o Governo Estadual tem R$ 8 bilhões em caixa. O recurso será aplicado por meio de parceria com o setor produtivo e a concessionária do setor de energia”, define o texto de divulgação da proposta apresentado pela campanha de Mendanha, que prevê dar dinheiro público à empresa privada. “O atual governo estadual transfere a sua responsabilidade para outrem, mas não aponta solução efetiva. Nós estamos apresentando um modelo de investimento que vai fazer Goiás se desenvolver pra valer”, acredita Mendanha.

Afastamento

Para Mendanha, as dificuldades apresentadas por Ronaldo Caiado (UB) para solucionar a questão junto à italiana Enel representam um dos motivos de afastamento do grupo do agronegócio do governador.

Da cartola

Mendanha afirma que a demanda por energia cresceu, mas os equipamentos não acompanharam. “Novas linhas de transmissões e as novas subestações não foram feitas e os transformadores já passaram o tempo de vida útil”.

Convite

Depois de desistir da candidatura a deputado federal, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), foi convidado para ocupar a primeira suplência de João Campos (Republicanos), na disputa ao Senado.

Coordenação

O vereador deve anunciar decisão nesta quarta-feira (24) e o chamado de João Campos também inclui a função de coordenação política da campanha do deputado federal. A posição reforçaria trabalho de Campos e Mendanha na região metropolitana de Goiânia.

Regional

O candidato ao Senado e presidente regional do PP, Alexandre Baldy escolheu a esposa, Luana Baldy, como coordenadora da campanha em Anápolis. A cidade é município base do candidato e terceiro maior colégio eleitoral do Estado, com cerca de 300 mil eleitores.

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A campanha de Baldy enfatiza a atuação dele como deputado federal e ministro na gestão de Michel Temer (MDB) e ressalta emendas e ações que destinaram, ao todo, R$ 200 milhões em investimentos para Anápolis, principalmente nas áreas de saúde, saneamento e infraestrutura.

O retorno

Ex-deputado estadual e ex-vice-prefeito na gestão de Maguito Vilela (MDB) em Aparecida de Goiânia, Ozair José retoma disputa de eleições pelo PP em busca de vaga na Assembleia Legislativa. O retorno tem base na cidade de Abadia de Goiás, com o apoio do prefeito Wander Saraiva.

Herança

Ozair é mais um que busca a memória de Maguito na campanha. Em uma das gravações, no Polo Empresarial de Aparecida, promete incentivar a ida de empresas e a criação de polos empresariais em outras cidades.

Tocantins

O ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), passa a enfrentar a Justiça para conseguir confirmar candidatura ao Senado. Ação da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) aponta que ele estaria inelegível por ter renunciado ao mandato, em 11 de março. Carlesse deixou o mandato para impedir a instalação de processo de impeachment, em tramitação na Assembleia Legislativa.

Argumentos

A PRE sustenta a condição de inelegibilidade com base na Lei da Ficha Limpa: “o governador e o vice-governador de estado e do Distrito Federal e o prefeito e o vice-prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos”.

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