Sete deputados de oposição ao Governo Estadual levaram uma série de denúncias ao Ministério Público que aponta possíveis irregularidades em atividades e contratações feitas por Organizações Sosiais durante a gestão de hospitais públicos. Os dados envolvem três OSs: o Instituto de Gestão em Saúde (GERIR), que administra o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO); Instituto Sócrates Guanaes (IGS); gestor do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), e o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que administra o Hospital Materno Infantil (HMI).

Foram levadas denúncias de contratação irregular de consultorias jurídicas, serviços de manutenção de equipamentos e de pessoas que não teriam a idoneidade necessária para lidar com recursos públicos. Daniel Vilela (PMDB) liderou os deputados na visita ao MP e explica quais foram as constatações. “A ocupação de cargos na administração dessas Organizações Sociais por pessoas que já tiveram processos em relação à administração de outras Organizações Sociais em outros estados e o enorme número de consultorias e valores excessivo que nos preocupa. O Ministério Público agora terá condição de fazer esse parâmetro para observar se essas pessoas têm condições de administrar essas OS,” afirma.

A oposição na Assembleia desistiu da possibilidade de instalar uma CPI para apurar irregularidades. Segundo Daniel Vilela a Comissão teria caráter político de disputa com a base aliada e não trabalharia de forma efetiva.

O peemedebista ainda critica o fato de governistas ignorarem as denúncias com o argumento de que o atendimento nos hospitais foi melhorado. Segundo Daniel, o Governo precisa fiscalizar melhor a prestação de serviço feita pelas OS. “Você precisa ter um corpo técnico dentro do Estado que seja capaz de fiscalizar a atividade finalística, neste caso a saúde, aumento da produtividade, a melhora da qualidade da saúde, coisa que não existe dentro do governo,” cobra.

O procurador-geral de Justiça de Goiânia, Lauro Machado, explica o que pode ser feito pelo Ministério Público depois de recebidas as denúncias dos deputados. “Essa documentação entregue hoje pelos deputados será distribuída para os promotores responsável pela área do patrimônio público. Provavelmente, eles vão averiguar as denúncias sobre as irregularidades, na contratação das OS ou na contratação das consultorias, e também na aplicação dos recursos públicos,” informa.