Dor. Nesta pequena palavra se resume o sentimento da Delegada Geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi. Por causa de uma reunião com o Secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado, Adriana não viajou para Doverlândia para acompanhar os trabalhos de investigações da Chacina. 

Devido à experiência de sete anos à frente da delegacia de homicídios e atuação em casos complexos, como o assassinato da inglesa Kara Marie Burk, Jorge Moreira, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas foi o substituto de Adriana na viagem que terminaria em uma tragédia. “Morreram em cumprimento do dever, em busca da verdade”, diz a delegada geral.

De acordo com Adriana Accorsi houve um contato cerca de 15 minutos antes da aeronave cair. Os delegados informaram para Accorsi que os trabalhos do dia haviam sido concluídos e que estavam voltando para Goiânia. Adriana Accorsi descreve que o Helicóptero Koala Escorpião era novo e recentemente passava por manutenção. “Optamos por usá-la para ir aos locais mais distantes”.

Quanto à hipótese do acusado do caso de Doverlândia, Aparecido de Souza Alves, ter reagido, Adriana Accorsi, descarta. “Isso não é possível. O preso ia totalmente algemado nos pés e braços. O cinto de segurança é de difícil retirada, uma pessoa algemada jamais retiraria. Não tinha como ter contato algum com os pilotos”.

Adriana afirma que, apesar das dificuldades do caso, as investigações continuarão, já que a polícia possui provas técnicas. “Sem dúvidas elas serão concluídas”.