Motoristas do aplicativo Uber protestaram pelo segundo dia consecutivo em postos de Goiânia por conta da nova alta nos preços dos combustíveis. No final da tarde desta terça-feira (7), a repórter Giuliane Alves, da Rádio 730, registrou dois buzinaços realizados por volta das 19h nos Setores Jaó e Leste Vila Nova.
Os motoristas se reuniram inicialmente próximo ao aeroporto da Capital e seguiram em comboio em direção a postos na 5ª Avenida, no Setor Jaó, e no cruzamento da mesma via com a Avenida Independência, no Setor Leste Vila Nova. No ato, além do buzinaço, os manifestantes pediram nota fiscal na hora de abastecer e ainda a verificação da qualidade do combustível.
Em entrevista à 730 na tarde desta terça-feira, o gerente de Fiscalização do Procon Goiás, ressalta que o órgão está realizando a fiscalização nos estabelecimentos na região metropolitana.
“O Procon Goiás está atuando de modo a inibir que qualquer conduta seja realizada de modo a prejudicar o consumidor. Estaremos notificando as distribuidoras, os postos de combustíveis, e em se tratando do etanol, estaremos inclusive notificando as usinas para buscar informações e entender essa cadeia produtiva e, principalmente, para verificar se os preços praticados ao consumidor final estão ou não dentro da normalidade”, ressalta.
Nesta terça, agentes do Procon-GO estiveram reunidos com equipes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) da Polícia Civil (PC) para determinar as medidas cabíveis aos estabelecimentos em caso de descumprimento das leis e possíveis crimes contra as relações de consumo.
A partir da meia-noite desta quarta-feira (8), o óleo diesel estará 2,5% mais caro, enquanto a gasolina terá reajuste de 0,6%, nas refinarias. Em Goiânia, os preços dispararam, já é considerada o combustível mais caro do Brasil. Em média, na Capital goiana, a gasolina pode ser encontrada a R$ 4,49 e o etanol a R$ 2,99.
Por meio de nota, a Petrobras justificou o aumento que passou a vigorar hoje como consequência “do aumento das cotações dos produtos e do barril do petróleo no mercado externo, influenciado pela geopolítica internacional, assim como pela continuidade da política de contenção da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep)”. Também contribuiu para a alta dos derivados, “a depreciação do valor do real frente ao dólar”. O reajuste no preço da gasolina nas refinarias é o quarto consecutivo concedido pela estatal este mês. Depois de iniciar outubro em queda, a gasolina subiu 0,9% no dia 2 e 3,6% no dia 4. Já o diesel, que também havia começado o mês em queda – 0,4% – já acumula três aumentos no mês.
Imagens: Giuliane Alves/Rádio 730