Durante todo o mês de setembro serão realizados eventos para valorização das línguas de sinais e da cultura surda. O Movimento nacional recebeu o nome de Setembro Azul, já que a cor é o símbolo dos surdos, e pretende sensibilizar as autoridades políticas e a sociedade para a importância da educação em língua de sinais para os deficientes auditivos.

O objetivo principal é modificar as emendas do Plano Nacional de Educação que prevêem o fim das escolas de surdos e que determinam a inserção dos alunos nas escolas regulares, juntamente com pessoas que possuem outros tipos de deficiência.

O documento tramita no Congresso Nacional, e deve reger a educação brasileira pelos próximos 10 anos. Na voz da intérprete, Vanusa de Oliveira, a Coordenadora do curso de letras e libras da UFG, Thaís Fleury, destaca à repórter Nathália Lima a importância da manutenção das escolas bilíngües para surdos.

“Este movimento não defende esta ideia, e sim as escolas bilinguisticas, que são separadas, com atendimento especializado, por ser importante aos surdos”.

Na voz do intérprete Weber Flávio Mendes, o Presidente da Associação dos Surdos de Goiânia, Marcos Vinicius Calixto, também defende a continuidade do ensino bilíngüe para os deficientes auditivos.

“Muitas escolas especiais foram fechadas em todo Estado, e a Associação vê com muita preocupação e cuidado a questão da educação bilíngüe”, conclui.