Na manhã desta terça-feira (21/2), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deu cumprimento a mandados de busca e apreensão e de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. O objetivo da Operação “Quarto Setor” é apurar indícios da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais, organização criminosa, dispensa ilegal de licitação e peculato, relativos ao desvio do valor de R$ 10 milhões dos cofres da Universidade Estadual de Goiás (UEG), fato ocorrido no final de 2010.
Durante as investigações, apurou-se que no dia 30/12/2010, por volta das 20 horas (último dia útil do mandato do chefe do Poder Executivo estadual e último dia antes do recesso bancário daquele ano), teriam sido transferidos R$ 10 milhões da UEG para a Fundação Universitária do Cerrado (FUNCER), atualmente FUNSER. Esse recurso serviria para o desenvolvimento de um “programa estadual de formação e capacitação em software livre”.
Na esfera criminal, a Procuradoria-Geral de Justiça instaurou procedimento de investigação criminal para apurar o possível envolvimento nas práticas criminosas de membro do Ministério Público de Goiás, responsável pela fiscalização de fundações na comarca de Anápolis, além de empresários, advogados e servidores públicos. Conforme revelam as investigações, por ocasião da transferência ilegal de recursos, a FUNCER estaria sob intervenção determinada pelo membro do MP-GO investigado, que teria atuado com empresários, servidores públicos e advogados para a liberação do dinheiro pela UEG, com o intuito de desvio do montante.
Com informações da Assessoria