Além do forte calor em Goiânia nos meses de agosto e setembro, a baixa umidade colabora para que a situação fique ainda mais complicada para quem vive por aqui. E para os jogadores de futebol é ainda mais difícil a situação, já que os treinos e jogos intensos ficam muito mais desgastantes.
Mas como tudo é uma questão de ponto de vista, a baixa umidade nesta época do ano na capital (chegando até mesmo em 8% em alguns dias), pode ser uma aliada para os times goianos. Isso é o que afirma o preparador físico do Atlético, Jorge Sotter. O profissional destacou que para quem convive com isso diariamente é mais fácil de controlar, e já os adversários sofrem de forma árdua durante as partidas.
“Com certeza o Atlético leva vantagem nisso, não é um mito, é um fato. A umidade aqui é muito baixa e para nós que convivemos com isso ela já atrapalha, precisamos estar sempre hidratando. Agora, o sofrimento do pessoal que vem de fora é muito maior. Então temos que controlar isso para podermos usar a nosso favor”, destacou.
Após a grande vitória em cima do líder Corinthians, fora de casa, na última rodada, o Atlético tem duas semanas de preparação até o próximo duelo. O Dragão só volta a campo na próxima segunda-feira (09), contra o Bahia, no Estádio Olímpico. Apesar do que muitos pensam, essa pausa tão grande pode não ser um fator muito positivo.
“Tem o lado de termos vencido o líder fora de casa onde a motivação está grande, a auto estima lá em cima e o ideal seria que tivéssemos uma condição de jogos sem parada para aproveitarmos esse momento oportuno. Mas por outro lado tem esse período onde podemos recuperar jogadores que estão mais desgastados, apesar que nossa agenda de jogo é uma vez por semana então dá para controlar bem. O momento ideal seria se tivéssemos dado continuidade aos jogos”, afirmou.
Jorge Sotter também comentou sobre a situação de alguns atletas no departamento médico rubro-negro.
Walter
– Após os jogos tem apresentado um joelho bastante ichado. Temos tido esse cuidado de poupá-lo pós jogos, mas ele não deixa de trabalhar. Então, ele faz esse trabalho diferenciado, por exemplo, há dois treinos que ele é poupado, então quando volta tem um nível de atividade física mais intensa para estar sempre próximo do grupo à nível físico. Nesse jogo contra o Corinthians o Walter fez 10km, é um número alto para um atleta que é atacante.
Kléver
– Teve uma lesão de joelho em nível de colateral-medial. Já está reintegrado ao grupo. Mas antes dos treinos faz um trabalho preventivo.
Jorginho
– É um jogador que leva muito tempo para se recuperar, a média é de dois dias, mas o Jorginho precisa de um pouco mais, temos esse cuidado com ele, até porque ele não tem massa muscular, não tem gordura. Então a recuperação dele é mais lenta.