A morte é algo que está em nosso cotidiano e se faz presente no dia a dia de diversas formas. Essas perdas e lutos podem ser encontradas também na arte, música, livros e até em produções voltadas para crianças, em filmes como o rei Leão e Bambi. O primeiro tema do Tom Maior desta quarta-feira (1º) trata sobre como lidar com a morte e as perdas em uma época tão delicada como a que estamos vivendo.

De acordo com a psicanalista, mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Letícia Lima, o luto é um trabalho e a sociedade considera a dor inapropriada. “Não há um segredo para se cura dessa dor, esse processo é um mergulho em si. É de extrema importância ter um tempo para viver o luto e para lidar com essa perda”, explicou.

Letícia Lima esclareceu que trabalhar com o luto é entender como lidar consigo próprio. “Por exemplo, quem perdeu a mãe, também perde o lugar de filha no mundo, nesse processo é preciso que o indivíduo faça um mergulho em si. O luto também é um processo que demanda desmoronamento e desorganização, porque nós somos organizados simbolicamente pelos lugares que ocupamos”, esclareceu.

A psicanalista ressaltou que é necessário vivenciar o luto e que as pessoas não precisam passar por esse momento de perda sozinhos. Segundo ela, é importante poder falar sobre a dor e sobre a perda e existem recursos como a terapia e a análise.

“A experiência de um luto mal vivido pode retornar de forma muito negativa, por exemplo, em surtos psicóticos, depressão e a impossibilidade de viver outras relações”, ressaltou.

Confira na íntegra a entrevista com Letícia Lima no Tom Maior #48