Negócio fechado! O Atlético vendeu 60% dos direitos econômicos do volante Gabriel Baralhas para o Internacional. Os valores da transação não foram revelados. Segundo o presidente Adson Batista o time gaúcho pediu confidencialidade. Por conta disso, os detalhes da venda serão mantidos em segredo até a assinatura do contrato. O Dragão ficará com o percentual 40% em caso de futura venda do atleta.

Pelo que conversei com o presidente Adson Batista a proposta do Internacional era irrecusável para o atleta e boa para o Atlético. Adson disse que o Inter ofereceu para o atleta um salário 5 vezes maior do que recebe atualmente. E que proporcionalmente o Atlético vai faturar mais do que na venda de Wellington Rato e Dudu.

Eu entendo a posição do dirigente. Existem situações difíceis de lidar. Manter no clube um atleta que recebeu uma proposta tentadora é complicado. Obrigá-lo a cumprir o contrato sem um bom reajuste é um tiro no pé. Jogador insatisfeito não rende tecnicamente. “Valorizá-lo” com um grande aumento salarial poderia ser inviável.

A única saída era a negociação? Não!

O Atlético já perdeu por venda de direitos econômicos ou pelo fim do contrato muitos jogadores no setor de meio-campo: Marlon Freitas, Wellington Rato, Willian Maranhão, Jorginho, Edson, Edson Fernando. Com a negociação do Baralhas para o Inter, ficou apenas o Shaylon que atua no setor do elenco do ano passado.

O presidente Adson Batista tem um histórico positivo de contratar jogadores baratos, como foram os casos de Wellington Rato e Gabriel Baralhas e vendê-los auferindo uma boa vantagem financeira para o clube. Mesmo assim, chega hora de dizer NÃO até para propostas sedutoras como essa do colorado gaúcho.

Para mim, o Atlético não deveria negociar o Gabriel Baralhas agora. O “lucro” técnico seria maior do que o financeiro. Um acesso da série B para a “A” vale muito mais.

Acho que o Adson tem sabedoria suficiente para motivá-lo caso o atleta continuasse no Dragão!