O nome do deputado estadual Talles Barreto (PTB) aparece nas transcrições das gravações de conversas telefônicas realizadas nas investigações da Operação Tarja Preta, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A divulgação do conteúdo do inquérito foi feita pelo site Diário de Goiás.

Talles é tratado pelo empresário Ediberto César Borges, apontado como principal comandante do esquema, como parceiro. Nas gravações, o deputado é citado como alguém que pode resolver alguns imbróglios para os suspeitos. O nome de Talles aparece pelo menos 15 vezes, além de três pessoas que são identificadas como assessores do petebista.

Wallber Miranda Castro, que é chefe de gabinete da Junta Comercial de Goiás (Juceg), cargo que ocupa por indicação de Talles, é dos identificados como assessor do deputado que aparece nas gravações. Ele foi chefe de gabinete do parlamentar quando ele era presidente da Agência de Esportes e Lazer (AGEL).

O deputado nega que Wallber seja seu assessor atualmente, e também tenha sido seu auxiliar na Assembleia.

O próprio Talles Barretos aparece em dois trechos citados no inquérito, onde ele mesmo liga para Edilberto. O deputado também liga três vezes para o prefeito de Rianápolis, José Carlos Lopes. Em um dos diálogos ele trata de um encontro com o prefeito em outro tenta aparentemente a liberação de uma emenda.

No inquérito, Talles aparece como HNI (homem não identificado). Mas segundo os registros, as ligações foram feita com o telefone do deputado estadual.

Informações de corredores na Assembleia Legislativa dão conta de que prefeitos interrogados disseram que foram apresentados aos chefes do esquema por Talles Barreto. Porém, o MP-GO não aponta o deputado como participante do esquema.

Os nomes de pelos menos outros dois deputados estaduais e três deputados federais são citados nas gravações. Porém, o conteúdo dos diálogos não indica que eles tenham uma grande relação com os envolvidos e também não tratam do esquema.