Um grupo de cientistas brasileiros desenvolveu um teste laboratorial capaz identificar e quantificar a presença de anticorpos tipo IgG, contra a proteína S, que é responsável pela entrada do Coronavírus nas células. No programa Tom Maior desta segunda-feira (8), o médico membro do Grupo de Pesquisa da FK-Biotec e da Imunobiotech, Alberto Stein, falou sobre este tema.

Segundo o doutor Alberto Stein, os testes rápidos são de campanha, utilizados para identificar aqueles pacientes que podem estar desenvolvendo a doença. “Já o nosso teste está avaliando quem teve o contato com a doença e desenvolveu a imunidade contra o vírus, desenvolvendo anticorpos que podem bloquear os vírus de entrar nas células”, explicou.

O teste inovador se diferencia dos testes rápidos, pois revela se o indivíduo, após ter contato com o coronavírus, desenvolveu anticorpos que indicariam imunidade com relação ao vírus. Estudos científicos relatam que pessoas que desenvolveram este tipo de anticorpos não correriam risco de desenvolver ou transmitir a Covid-19.

O médico explicou como o teste é realizado. “É uma coleta de sangue que é analisada, leva em torno de 2 horas para o processo todo dentro do laboratório e o laudo sai em até 6 horas na maioria dos lugares. Essa tecnologia foi desenvolvida por nós e está sendo transferida para os laboratórios do Brasil para poderem executar o exame. É um método bem simples”, afirmou Stein.

Alberto Stein afirmou que o intuito do teste é buscar aqueles pacientes que tiveram contato com o vírus e que desenvolveram a imunidade. “Queremos utilizar essas informações para ser mais uma ferramenta para auxiliar essas pessoas a retomarem suas atividades com mais segurança, que é o que a gente precisa neste momento”, disse.

Confira na íntegra a entrevista com Alberto Stein