O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) Sandro Mabel, defendeu nesta segunda-feira (8) que as empresas mantenham os funcionários em serviço mesmo durante a pandemia, e que os locais de trabalho são seguros e não oferecem risco de contaminação.
“O lugar mais seguro que se tem para proteger o trabalhador do Covid é dentro da empresa. O funcionário sai de manhã da casa dele, entra em um ônibus que é higienizado, põe a máscara. Chega na empresa, é medida a temperatura dele, ele recebe todos os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), o álcool gel. Dentro da empresa ele trabalha com esse álcool gel, em todos os protocolos de segurança, fica o dia inteiro dentro da empresa”, afirma.
De acordo com Sandro Mabel, fechar as empresas por conta da pandemia significa expôr o trabalhador ao vírus. “Ele levantar às 9h, vai circular pela cidade, não tem que acordar cedo, vai em um churrasquinho na casa do colega dele, vai bater um papo com a turma, vai estar sem máscara porque nem todos usam. Na empresa ele é obrigado a usar. Não tem Covid dentro de empresa, não pega Covid dentro de empresa”, reforça.
Mabel defende que pessoas do grupo de risco como as que possuem doenças crônicas ou idosos devem sim ficar em casa. Trabalhadores que apresentarem sintomas da doença causada pelo novo coronavírus também devem ser mantidas em isolamento. “Está com uma tossinha, manda para casa. Febre ou suspeita de febre, manda para casa”, diz.
Assim como já havia declarado no mês passado, Mabel tornou a dizer que grande parte da população não terá como evitar a contaminação pela Covid-19. “O Covid não é uma coisa passageira, ele veio para ficar. Todos vão pegar Covid, de 60% a 70% da população vai pegar o Covid. O que se vai fazer é o mais parcelado possível, que a tal da curva, o achatamento da curva”, ressalta.
Rio Verde
Nesta segunda-feira (8), a BRF de Rio Verde, anunciou que vai fechar as portas pelo período de 14 dias. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade apontou aumento de 66% no número de casos em relação a domingo (7).
Nesta manhã, o prefeito Paulo do Vale (DEM) demonstrou preocupação e disse que caso o município não atinja 55% de isolamento social, poderá decretar lockdown, ou seja, o fechamento total das atividades ainda nesta semana. No último sábado (6), a administração municipal decretou novas medidas de restrição a atividades não essenciais, e pediu que os moradores permaneçam em casa por mais duas semanas.
A companhia do ramo frigorífico BRF, a maior da região, realizou 8,5 mil testes em colaboradores, e os exames ainda não foram concluídos. Em nota, a empresa afirmou que para “garantir a segurança, saúde e integridade de seus funcionários, a Companhia decidiu, preventivamente, por manter suspensas as atividades de sua unidade produtiva e orientou seus colaboradores a permanecerem em casa até que todas as análises dos testes sejam concluídas”, “que está seguindo todos os protocolos indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS)” e que “as medidas tomadas têm o objetivo de reforçar o compromisso com os envolvidos em sua cadeia produtiva”.
A seguir, os boletins divulgados pela Prefeitura de Rio Verde no domingo (7) e nesta segunda-feira (8)
