A OMS lembra que reduzir o consumo de tabaco é a melhor forma de prevenir o câncer de pulmao. (Foto: Banco Mundial/Aisha Faquir)
Um novo teste de sangue pode ajudar a identificar pessoas com tendência a desenvolver câncer de pulmão. A constatação é de um estudo da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, Iarc.
A agência da Organização Mundial da Saúde, OMS, diz que a análise permite aos países desenvolver melhores planos de prevenção e rastreio.
Teste
A pesquisa foi publicada esta quinta-feira, na revista especializada Jama Oncology, e descreve uma técnica nova que avalia quatro marcadores biológicos de proteínas.
Um dos autores principais do estudo, Mattias Johansson, disse que “usando estes quatro marcadores e a informação sobre hábitos de fumo, foi possível identificar 63% de futuros pacientes de câncer do pulmão entre fumantes e ex-fumantes”.
Como exemplo, o método usado nos Estados Unidos tem uma taxa de sucesso de 42%. Johansson acredita que “o teste tem o potencial de melhorar de forma significativa a identificação de indivíduos que devem ser rastreados”.
Prevenção
O câncer de pulmão é responsável por 20% de todas as mortes causadas pela doença em todo o mundo. A OMS lembra que reduzir o consumo de tabaco é a melhor forma de prevenir esse tipo de câncer, assim como outros tipos associados ao fumo.
Apesar disso, a agência da ONU diz que o aumento de rastreio para pessoas em risco pode reduzir os níveis de mortalidade, detectando a doença numa fase inicial, quando o tratamento ainda pode ser eficaz.
O chefe da seção de Genética da Iarc, Paul Brennan, explica que “este é o primeiro estudo a demonstrar, sistematicamente, que um painel de marcadores de proteína pode melhorar a identificação de futuros casos de câncer de pulmão”;
O diretor da Iarc, Christopher Wild, lembrou que “evitar fumar é a melhor maneira de reduzir o risco de desenvolver câncer de pulmão, mas entre fumantes e ex-fumantes a detecção precoce tem um papel fundamental na redução das mortes”.