Na última década o número de brasileiros acima do peso aumentou 60%, segundo o Ministério da Saúde. E nessa guerra contra a balança, pelo menos sete em cada dez pessoas já tentaram eliminar alguns quilos sem acompanhamento profissional, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

É justamente aí que mora o perigo. A falta de acompanhamento leva a pessoa a ser ludibriada por promessas de dietas milagrosas que acabam colocando a saúde em risco.

Com a proximidade das festas de fim de ano, a necessidade de estar com o ‘shape’ em dia leva o indivíduo a cair em ciladas escondidas por trás de promessas inalcançáveis e perigosas. Especialistas alertam que dietas muito restritivas podem trazer resultados, a princípio, mas nem sempre do jeito que se imagina. Muitas vezes, elas até ajudam a perder peso rapidamente, mas o corpo pode ser privado de nutrientes importantes para funções básicas e causa até o chamado “efeito sanfona”, como explica a nutricionista Nany Sado em entrevista ao Sagres Em Tom Maior #405 desta segunda-feira (29).

“Os principais perigos são a perda de nutrientes, isso pode baixar a imunidade, perda de massa magra e voltar a engordar tudo de novo. Quando [a perda de peso] é muito rápida, você acaba perdendo a massa magra que é metabolicamente mais ativa”, afirma.

A nutricionista Nany Sado (Foto: Sagres TV)

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Além disso, segundo o departamento de Vigilância Nutricional da Secretaria de Saúde de Goiás, adotar dietas restritivas pode provocar a perda de massa magra, queimada pelo corpo para obter energia quando há baixo consumo de carboidratos. A massa magra é responsável pelos movimentos voluntários e involuntários do corpo, incluindo os envolvidos no funcionamento do coração e intestino.