Nas eleições 2022, alguns nomes ligados ao esporte, em Goiás, tentaram buscar uma vaga na Assembleia Legislativa ou no Congresso Nacional, mas não foram bem-sucedidos nas urnas. Dante do Vôlei não se elegeu deputado federal, assim como Edson Automóveis, ex-vereador por Goiânia, e Luiz Berquó, ex-presidente da Federação Goiana de Basquete, não conseguiram a eleição para deputado estadual. Todos eles têm uma folha de relevantes serviços prestados ao esporte brasileiro. Mereciam uma cadeira no parlamento.
Dos candidatos com forte identidade com o esporte quem se deu bem foi Daniel Vilela, eleito vice-governador na chapa de Ronaldo Caiado. Daniel é ex-jogador de futebol profissional. Tem legitimidade para representar o segmento. Espera-se que Daniel Vilela tenha um olhar especial para o esporte, com incremento na ampliação dos programas de incentivo ao esporte em nosso Estado.
Em Goiás, existem projetos e programas interessantes de apoio ao esporte. O Pró-Atleta visa atender atletas de alto rendimento; Construindo Campeões, programa de iniciação esportiva em diversas modalidades de lutas marciais, beneficia cerca de 7.900 alunos goianos; o Viva Mais Goiás é voltado para pessoas da melhor idade, em 19 cidades do Estado.
Foram criados pela Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Seel) núcleos de desporto e paradesporto em parceria com as prefeituras do interior. Também em parceria com a entidade organizadora do Campeonato Espanhol, a Seel executa o projeto social La Liga Goiás com a distribuição material esportivo em vários municípios goianos.
Através da Seel, o Governo promove diversos eventos e competições esportivas. Os Jogos Abertos de Goiás, maior competição esportiva do Estado, contam com a participação de atletas de todos os municípios goianos em 21 modalidades. Este ano foi criada a Copa Quilombola, realizada em seis etapas, com a final na cidade de Cavalcante.
Em nível nacional, o Senado aprovou o projeto de lei 940 de 2022 que estende até 2027 os incentivos fiscais previstos na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei 11.438, de 2006). O relator da matéria foi o ex-jogador Romário, reeleito Senador pelo PL do Rio de Janeiro. Além da prorrogação do prazo, a norma aprovada no Senado aumenta as alíquotas que as empresas e pessoas físicas poderão usar nas deduções anuais do Imposto de Renda (IR) e inclui escolas dos ensinos fundamental, médio e superior como captadoras de recursos.
No caso do contribuinte pessoa física, a nova LIE eleva de 6% para 7% do IRPF devido o limite dedutível, a título de doação ou patrocínio, para projetos esportivos e paradesportivos. Isso junto com as contribuições para os fundos de crianças e idosos, para projetos culturais e investimentos em obras audiovisuais.
Já no caso das empresas, eleva de 1% para 2% o limite dedutível a título de doação ou patrocínio para projetos esportivos e paradesportivos. Também insere projetos de inclusão social por meio do esporte no limite coletivo de 4%, hoje compartilhado somente entre projetos culturais e investimentos em obras audiovisuais.
Acho que as leis e programas de incentivo ao esporte precisam ir além dos patrocínios de atletas e equipes de diversas modalidades esportivas. É necessário que contenham também estratégias de inclusão social. Só assim toda a população será beneficiada com a prática de atividades físicas e esportivas garantindo a todos uma vida mais saudável.
Esperamos que os políticos eleitos cumpram as promessas feitas em campanha e ampliem as ações a favor do esporte. Queremos ver um gol de placa!