Também gestor de segurança do clube, ele falou em entrevista sobre as características da arbitragem na Sul-Americana, que deixa o jogo mais corrido (Foto: Juliano Moreira)
Às vésperas da estreia do Goiás na Copa Sul-Americana, o ex-árbitro Luiz Alberto Bitez, atualmente instrutor de arbitragem e gestor de segurança do alviverde, concedeu entrevista à Rádio Sagres 730 neste domingo, 9, no Paraguai. Na oportunidade, Bitez falou um pouco sobre a arbitragem nas competições sul-americanas, além do atual momento que vive os árbitros no futebol.
Sobre as características particulares da arbitragem, Bitez disse que a equipe faz uma pesquisa sobre o árbitro da partida, estuda o modo de apitar para poder passar o melhor aos jogadores. Luiz Alberto destacou a forma de deixar a bola rolar na arbitragem sul-americana, lembrando o gaúcho Leandro Pedro Vuaden. Bitez explicou que tudo é passado ao técnico Ney Franco, para que o comandante desenvolva a melhor estratégia junto aos jogadores.
Na opinião do ex-árbitro, o fato do jogo na Sul-Americana e na Libertadores ser mais corrido se deve pelo próprio estilo de arbitragem, que opta por uma partida com mais contato físico. Contudo, Bitez critica que alguns árbitros brasileiros apitam as competições internacionais e nacionais de maneiras diferentes, algo que, segundo ele, o preocupa.
Arbitragem atual
Na entrevista, Bitez ainda falou um pouco sobre o momento em que vive os árbitros nos dias de hoje.
“Eu acho que a gente precisa evoluir. Tínhamos que trazer o árbitro para mais perto; ele é um coitado, responsável e criticado por tudo, às vezes não tem chance de resposta, e talvez nem fica sabendo da crítica”, desabafou Bitez, que segundo ele, o árbitro vive uma situação marginalizada dentro do mundo do futebol.
De acordo com Luiz Alberto Bitez, a arbitragem da atualidade, para a da época em que ele apitava, não mudou muito. Para o gestor, a categoria continua sendo muito desvalorizada e é exigida ao extremo. Bitez compara os valores exorbitantes dentro do futebol com o “salário” dos árbitros. Além disso, o instrutor fala sobre a jornada exaustiva que os juízes de futebol precisam passar para treinar, já que não existe profissionalização da categoria.
Relação com colegas
Perguntado sobre a relação com outros árbitros, Bitez disse que fez alguns amigos no meio, mas outros parecem não aceitar a nova função desempenhada por ele no Goiás. Conforme Luiz Alberto, por conta da visão marginalizada, muitos árbitros ficam constrangidos devido à cultura nacional de que os juízes não podem ter amigos dentro do futebol.
Confira a entrevista na íntegra:
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