Tivemos uma semana de contrastes na preparação para o duelo contra o Atlético-MG. Após a boa vitória diante do Ceará, no dia seguinte, a informação que pegou todo mundo de surpresa foi o afastamento do volante Ramalho. No decorrer da semana, algumas negociações desenrolaram e Thiaguinho, Adriano Pimenta e Rafael Cruz chegaram para reforçar o elenco atleticano.

Vamos a primeira parte. O afastamento de Ramalho foi comemorado por alguns e lamentado por outros. Eu parte de três partes:

1 – Dentro de campo, eu sempre gostei do estilo de jogo do Ramalho. É sempre necessário alguém que chame a responsabilidade de alguns lances, tranquilize os mais jovens, brigue com os mais experientes e oriente toda a equipe diante das dificuldades e das facilidades. Eu reforço as palavras de René Simões quando passou pelo clube, “O Ramalho é o treinador dentro de campo”. Eu acho muito importante isso e destaco como uma qualidade.

2 – No relacionamento com a imprensa, ele sempre foi muito solícito. Sempre respondeu as perguntas com clareza e sinceridade. Não me lembro de ver o Ramalho se esquivando de um assunto ou outro. E no tratamento do dia-a-dia sempre bastante educado. Era sempre muito bom entrevista-lo pela capacidade de construir o pensamento e defender suas argumentações.

3 – Convivência no clube, ninguém virá no ar para confirmar estas histórias. Na entrevista coletiva, Adson Batista, garantiu que ia preservar o jogador e por isso não iria revelar os reais motivos para o afastamento e a atitude drástica. O diretor atleticano citou duas expressões “Privilegiar o comando” e “quebra de confiança”.  Ramalho na semana que declarou que tratava René como um pai, teve atrito com o ex-técnico do Atlético que não o queria mais no grupo. Houve problema com PC Gusmão depois do jogo com Figueirense, em Florianópolis e antes do jogo com o Ceará. O comportamento pró quando era titular e problemático quando era reserva também é ressaltado por mais pessoas. E há pessoas intrigadas como informações internas do clube estão chegando com facilidade nos outros clubes da capital, coisas como o planejamento do departamento médico rubro-negro tem chegado a conhecimento do Goiás.

Esta última questão é a mais problemática e não tenho provas para determinar. São declarações de funcionários dentro do clube. Eu ainda prefiro acreditar que Ramalho não seja integrante de um grupo de jogadores com imagem ruim.

Enquanto isso, chegaram três jogadores. Um para ser observado e testado durante três meses que é o meia Thiaguinho, 27 anos, que estava no Remo e com passagem pelo Brasiliense. O meia Adriano Pimenta, 28 anos, é um namoro antigo e existia o interesse do Atlético desde o inicio da temporada. Não o vejo com condições de ser titular, mas entendo que vem ocupar a vaga de Anailson que tem sofrido com os longos períodos de recuperação de lesões musculares e de fraturas e a consequente falta de ritmo.

Quanto a chegada de Rafael Cruz é a boa contratação para a disputa do Campeonato Brasileiro. O jogador no ano passado sofreu com as lesões musculares e não deu conta de desempenhar algo que chame a atenção. Mas acredito que ele pode se tornar uma boa opção e desenvolver ainda mais o Adriano pela elevação do nível técnico no setor e o aumento natural da disputa pela vaga.

 

Várias pessoas ligadas ao futebol me garantiram que o Hélio dos Anjos está voltando para Goiânia. Vamos ver o que ele vai falar após o jogo no Barradão com o Vitória. Goiás ou Vila Nova o destino do treinador?