O Senado vota nesta quarta-feira (11) o pedido de cassação do senador Demóstenes Torres, que atualmente está sem partido. O senador, segundo analistas políticos, passou de ferrenho defensor da ética a acusado de ser um despachante de luxo do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Além de se defender por sete vezes na tribuna do Plenário em sete dias, Demóstenes tem trabalhado nos bastidores do Senado pela absolvição já que a votação é secreta. Para que se confirme a perda do mandato, é preciso 41 votos favoráveis à cassação. As eventuais ausências contam a favor do senador.

Há indicativos de que setores de PMDB, PTB, PR, PP e PSDB estão dispostos a votar pela absolvição. Para eles, a pena é considerada muito pesada.

Na contabilidade de lideranças do Senado, três senadores que votaram pela cassação no Conselho de Ética, em que o voto é aberto, devem mudar a postura no plenário, onde o voto é secreto, de acordo com reportagem publicada pelo Jornal O Globo.

De acordo com a matéria, devem votar pela absolvição de Demóstenes, os senadores Ciro Nogueira, do PP do Piauí, Vicentinho Alves, do PR do Tocantins, Cyro Miranda e Lúcia Vânia do PSDB de Goiás.
Ivo Cassol, do PP de Rondônia, Benedito de Lira, do PP de Alagoas e Lobão Filho, do PMDB do Maranhão também devem votar em prol da manutenção do mandato.