Com a federação formada por PT, PCdoB e PV no âmbito nacional, os diretórios em Goiás buscam as melhores estratégias para as eleições 2022. Em entrevista à Sagres, a presidente do PCdoB no estado, Isaura Lemos, afirmou que a decisão pelo nome que disputará o governo de Goiás ainda não foi tomada, mas que a sigla vê o nome de José Eliton (PSB) como uma possibilidade de “ampliar o diálogo para outros setores”.

“Cada partido cria uma bolha e acredita que ali é tomada a melhor decisão. Para fora dessa bolha, José Eliton representa mais força, mais densidade eleitoral. Esse é o questionamento que nós fazemos. Zé já foi candidato, obteve 400 mil votos, o que não é pouco, tem conhecimento administrativo e já demonstrou isso como governador”, afirmou Isaura Lemos sobre a preferência pelo pré-candidato ao governo pelo PSB.

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O outro nome nessa disputa é o de Wolmir Amado (PT). Isaura também teceu elogios ao político indicado pelo PT e afirmou que ele “está capacitado para assumir o governo”, mas destacou que a escolha deve ser tomada em consenso entre os partidos da federação. “O nome de Wolmir era uma proposta e não uma candidatura, mas a medida que o tempo passou, o PT concretizou essa indicação e nós levantamos essa necessidade de discutir mais, porque não estava sendo consenso”, disse Isaura, que declarou que a decisão poderá ser tomada pela coordenação nacional, caso não haja acordo em Goiás.

A presidente do PCdoB explicou que os agentes políticos que preferem a candidatura de Wolmir Amado argumentam sobre uma campanha mais leve, sem o desgaste natural que tem um ex-governador, “um nome com menos rejeição”. Do outro lado, a opção por José Eliton se dá pela crença de que o ex-governador pode trazer votos de outro espectro político para a federação. “Zé vem de um passado no PSDB e tem um relacionamento com forças que a esquerda não tem. Tanto PV quanto PCdoB consideram que a candidatura de Zé Eliton seria mais competitiva”.

Para que ações de campanha comecem a ser preparadas, a presidente do PCdoB e pré-candidata a deputada estadual, disse desejar que a decisão seja tomada da maneira mais rápida possível. “Nós temos que tomar uma série de providências em relação à nossa carta programa no estado e do nosso trabalho nas mídias, para que em agosto a gente não fique envolvido com isso, apenas em pedir votos”, projetou.

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