Terminou a Divisão de Acesso do futebol goiano 2022, e dois dos mais tradicionais times goianos estão de volta à 1ª Divisão para o ano que vem: Inhumas e Goiânia. Um outro dos principais clubes goianos, o Itumbiara de tantas histórias e glórias, inclusive a conquista de um título estadual, foi rebaixado para a Terceira Divisão, junto com o novato Cerrado, da cidade de Aparecida.
A competição teve números interessantes: 56 jogos, 122 gols marcados – destes 65 pelos times mandantes e 57 pelos visitantes. O artilheirio foi o atacante Assuerio, do Aparecida, que não subiu nem desceu, ficou aonde estava, na Divisão de Acesso. O mesmo aconteceu com: Assev da cidade de Guapó, Jaraguá e Anapolina.
A situação do Aparecida, Assev e Jaraguá cumpriram o planejado – se viesse o acesso seria a glória, mas se não viesse, se livrar do rebaixamento já seria lucro. Já Anapolina entrou falando na conquista da vaga e em um retorno para voltar a ser grande no nosso futebol. Mas não é novidade que não se busca resultados diferentes com práticas repetidas. Chegou à rodada final precisando vencer o Inhumas, no Estádio Jonas Duarte, e não deu conta. Inhumas que vinha de dias de justas comemorações pela conquista do título de campeão antecipado, sem nenhum interesse pelo jogo, e a Anapolina não deu conta de fazer sua parte, ficou no 1×1.
Desde que virou alvo de disputa partidária para controle do clube, servindo de palanque para eleição de seus dirigentes na política da cidade, a Anapolina vem tropeçando nas próprias pernas. Quem está no comando não tem apoio de quem saiu do comando. Unida em momento de crise financeira, a Anapolina já não seria grande como outrora, rachada fica pequena… vira clube de Segunda Divisão mesmo.
O Inhumas fez bonito. Campanha irrepreensível: 27 pontos ganhos, oito vitórias em 14 jogos, três empates e três derrotas. A Pantera Avinhada marcou 17 gols e sofreu apenas sete, com saldo positivo de 10.
Já o Goiânia subiu na “bacia das almas”. Chegou ao último jogo dependendo do tropeço da Anapolina diante do Inhumas e tendo de vencer o Cerrado. A Rubra tropeçou e o Galo fez sua parte, enfiou 3×0 no Cerrado. Ficou um ponto na frente da Anapolina, que fez 24 – o Goiânia 25. A campanha do time foi suficiente para a conquista do vice-campeonato e o consequente acesso – oito vitórias, um empate, cinco derrotas, 14 gols marcados, 11 sofridos, saldo positivo de três.
A volta do Inhumas é mais uma tentativa de ter o futebol profissional na cidade que tem um estádio suficiente para a disputa do Campeonato Goiano, o Zico Brandão e um público que gosta de futebol. Nunca conquistou um título da 1ª Divisão, mas já disputou campeonatos interessantes. Agora é torcer para que seja montada uma equipe competitiva para manter a Pantera na elite do nosso futebol.
Já o retorno do Goiânia faz parte de uma gangorra que o clube vem vivendo, subindo e caindo ano após ano. Isto precisa acabar. O Clube precisa voltar a ser grande, como foi até meados de 1970 (último título goiano foi em 1974), para ter grandes jogadores como teve até aquele momento: Foca, Chico Frazão, Nilson, Marco Antônio, Doriva, Rubens Fantato, Héber e o maior dentre eles, na minha opinião, Bill.
Naturalmente existem muitos outros nomes que poderiam citar aqui, mas acho que estes representam bem os demais.
O atual quadro diretivo do Goiânia precisa saber que o Galo faz falta, tem tradição e conquista facilmente torcedores por ser um clube simpático e ter o nome da cidade. Tomara que desta vez o Carijó venha pra ficar e volte para crescer.
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