A criação de novos partidos abre a possibilidade de que vereadores de Goiânia, assim como outros políticos detentores de mandato, possam trocar de legenda sem correr o risco de perderem o cargo atual por infidelidade partidária. Por este motivo, os parlamentares da Capital têm sido convidados, principalmente, por duas siglas novas: PROS (Partido Republicano da Ordem Social) e Solidariedade.
Oito vereadores cogitam a mudança, que deve ser feita até este sábado, cinco de outubro, para que eles possam disputar as eleições do ano que vem. Os mais certos são Paulo Magalhães (que sai do PV para o Solidariedade) e Divino Rodrigues e Paulo da Farmácia: os dois já pediram a desfiliação do PSDC com destino ao PROS.
Paulo Magalhães explica seus motivos e garante que continua na base do prefeito Paulo Garcia (PT). “Eu acho que esse negócio do cidadão está em um partido e morrer nele engolindo sapo e tudo quanto é animal não está correto. O meu presidente (Eduardo Zaratz) tem uma linha que ele segue que não é a que eu sigo. Política pra mim é igual casamento. Ninguém é obrigado a permanecer em um partido engolindo todo tipo de animais. Eu fiz um compromisso com ele de ir para o partido seguindo fazendo parte da base do Paulo Garcia,” argumenta.
Paulo da Farmácia também confirma a transferência e justifica que, diferente de Magalhães, que quer ser candidato a deputado estadual, busca mais possiblidades nas eleições municipais de 2016, para a reeleição como vereador. “O nosso partido hoje não tem uma chapa formulada. O que vai pesar é a formação da chapa para 2016,” explica.
Divino Rodrigues confirma que os dois vereadores vão se filiar ao PROS. “É um partido que a gente tem compatibilidade com as pessoas que estão indo pra lá,” diz.
Os vereadores Fábio Lima e Richard Nixon, hoje no PRTB, também foram convidados pelos partidos PROS e Solidariedade. Fábio ainda analisa a troca, mas Nixon já afirma que sua maior possibilidade é de permanecer no PRTB. “Fomos convidados e estamos analisando. No momento, a tendência é ficar no próprio PRTB,” revela.
O vereador Djalma Araújo é quem ameaça a maior mudança: deixar o principal partido da base de Paulo Garcia, o PT, e migrar para o Rede Sustentabilidade, que tem sua criação junto ao TSE incerta. A intenção seria confirmar sua posição de independência ao Paço. “Existe uma vontade de ficar no Partido dos Trabalhadores, que foi um partido que eu ajudei a construir. Eu estou analisando com muita cautela, mas estou tranquilo em relação a isso. Existe um grupo muito forte no PT que quer a minha expulsão após o dia 5 e isso seria uma tragédia para o meu currículo como parlamentar e como cidadão,” pondera.
Além destes vereadores, Jorge do Hugo (PSL) e Edson Automóveis (PMN) também a mudança, mas ainda não têm posição definitiva.