A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Custo Máximo, com cumprimento de 37 mandados judiciais em Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Ao todo, são 21 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de afastamento da função pública, seis de proibição de frequência a determinados lugares e quatro de proibição de contratar com o poder público.
Além disso, outro mandado prevê o bloqueio de valores na ordem de R$ 6,4 milhões, valor referente à soma das supostas irregularidades em contrato firmado pela Saneago. A operação é relacionada a investigação iniciada ainda em 2021, para apurar prováveis crimes ocorridos durante o processo licitatório e a execução do contrato da estatal com empresa de gerenciamento logístico sediada no Rio Grande do Sul.
Segundo a PCGO, há evidências de que a empresa contratada se utilizou de outras “empresas fantasmas” localizadas em Goiânia e em Campo Bom/RS para fornecer produtos à contratante. São investigados crimes de fraude e direcionamento de procedimento licitatório e associação criminosa. Houve também a participação e apoio operacional da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Polícia Civil do Distrito Federal.

‘Vítima‘
A Saneago aponta em nota que não houve mandado de busca e apreensão em nenhuma unidade da companhia e garante estar à disposição da Polícia Civil para colaborar com a investigação. “Esclarecemos também que nem a Saneago, nem seus diretores são réus na ação”, ressalta a empresa.
Finalizado
A estatal informa também que o contrato com a empresa BRS Distribuição e Suprimentos já foi rescindido. “De qualquer forma, o contrato já estava suspenso desde novembro de 2021 (antes mesmo do início das investigações) – sua execução foi de apenas três meses. Os pagamentos neste contrato foram retidos e glosados (cancelados), não causando prejuízos para a Saneago”, diz a companhia.
Compliance
“A Companhia implantou e tem priorizado a execução das melhores práticas de governança e compliance. Tanto é que, na atual gestão, o procedimento padrão é a apuração rigorosa e imediata de todo contrato após qualquer denúncia, como ocorrido desde o início do caso”, aponta ainda a Saneago.

Manifestação
Professores do Observatório da Educação em Goiás decidiram aderir à manifestação organizada pelo movimento estudantil pela revogação do novo ensino médio. O ato, que compõe mobilização nacional nesta quarta-feira (15), está marcado para às 14h, na Praça Universitária, em Goiânia.
Tem lado
Em texto publicado, o Observatório aponta que “o Novo Ensino Médio é a forma como se expressa na educação os ataques neoliberais contra a classe trabalhadora”. Os professores defendem ainda que, apesar do discurso de ampliação da carga horária e autonomia dos estudantes, “na prática é a diminuição das disciplinas de humanas, o desaparecimento do espanhol, em detrimento de disciplinas de empreendedorismo que reforça a competitividade na sociedade, o individualismo e o egoísmo”.

Reunião
A Assembleia Legislativa realiza audiência pública sobre o tema nesta quinta-feira (16), às 9h. Iniciativa da deputada estadual e presidente do SINTEGO, Bia de Lima (PT). Foram convidados a Secretaria Estadual de Educação, Conselho Estadual de Educação, Faculdade de Educação da UFG, UEG, Universidade Federal de Catalão, Universidade Federal de Jataí, DCE/UFG, UNE e Ministério da Educação.
Prioridade
De acordo com Bia de Lima, a nova proposta, que entra no segundo ano de execução, prioriza o mercado de trabalho em detrimento de uma carreira profissional, de nível superior, construída a partir da universidade.
Nacional
A mobilização desta quarta-feira (15) é organizada em diversos estados e no Distrito Federal pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e conta com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). Em Brasília o ato acontecerá em frente ao Museu da República, às 9 horas.

Nada disso!
A Secretaria Municipal de Administração de Goiânia (Semad) e o Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás (Instituto Verbena) acataram recomendação do MPGO e excluíram o exame de citologia oncótica parasitária, também conhecido como Papanicolau (exame de colo do útero), da relação de exames complementares obrigatórios a serem apresentados por candidatas aprovadas em concurso público.
Processo
O certame servirá para provimento de vagas em 15 cargos do quadro de pessoal Prefeitura. De acordo com o promotor Umberto Machado de Oliveira, a exigência do exame configura medida desproporcional e desnecessária para avaliar a aptidão das candidatas ao cargo, “além de ser ilegal e ferir o princípio constitucional da isonomia e da vedação das práticas discriminatórias”.

Debate
Em meio às críticas de integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à taxa básica de Juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou ontem convite para ouvir o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o assunto.
Requerimento
O pedido para ouvir o presidente do BC partiu do presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD). A pedido da assessoria do Banco Central, a audiência foi marcada para o dia 4 de abril.

Valendo!
O governador Ronaldo Caiado (UB) sancionou, em jantar com deputados da base e alguns da oposição, o conjunto de leis do Pacote Social, que cria quatro programas sociais no estado. O reforço na política de assistência à população vulnerável foi assinado no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, com a presença da coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado; do vice-governador Daniel Vilela.
Ações
Entre os programas está o Cofinanciamento Estadual de Assistência Social para os 246 municípios, que Caiado destacou como ação de governo idealizada e implementada por ele para garantir que a assistência social das prefeituras tenha condições de atender demandas emergenciais. “Isso é algo que nunca existiu, que nós implantamos no governo anterior e estamos dando continuidade para que a área social das prefeituras possa sobreviver a essas demandas”, frisou Caiado
Recursos
Os novos programas receberão investimento de R$ 75,6 milhões ao ano. O programa Dignidade vai destinar auxílio mensal de R$ 300 para idosos de baixa renda com idade entre 60 e 65 anos; Família Acolhedora, pretende capacitar e assistir famílias para receber crianças e adolescentes vítimas de violência; e Goiás Por Elas, que prevê o repasse de R$ 300 mensais a mulheres vítimas de violência doméstica.