A Polícia Civil (PC) realiza na manhã de sexta-feira (18) a Operação Sinecura, com a condução de sete dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (Sindigoiânia) para a colocação de tornozeleiras eletrônicas. Eles são suspeitos de desvios milionários dentro do órgão. Deflagrada às 5h30 da manhã, até agora apenas a tesoureira do sindicato está presa em flagrante por posse de uma espingarda. Na casa dela foram encontrados R$ 100 mil em dinheiro. Ela não soube explicar a origem do dinheiro.

Os sete investigados foram conduzidos ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames periciais e de lá vão para a Casa do Albergado para colocação de tornozeleiras eletrônicas.

Segundo o delegado Breynner Vasconcelos, titular da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), só o motorista do sindicato, que atuava na função desde 2007, chegou a desviar sozinho cerca de R$ 16 milhões.

Entre as punições previstas, os acusados deverão ser afastados de suas funções, não poderão se ausentar do país e ficarão proibidos de se aproximar de qualquer entidade sindical. Os sete acusados que receberam a tornozeleira são o presidente do Sindigoiânia, Carlos Antônio Ramos Alencar, o vice Mauro Zica Jr. e o filho Mauro Zica Neto, Sandro Pereira Valverde, Silvana do Carmo Silva, Osvaldo Rocha Conceição e Luiz Paulo Calassa. Se forem condenados, podem pegar até 40 anos de prisão.