Na avaliação do petista, em outros governos, houve necessidade de uma investigação profunda, no entanto, isso não foi feito. “Em 2002, 2003, 2004 e 2005, por exemplo, o Estado deixou de investir 25% em educação e 12% na saúde que é o que determina a constituição. Nem por isso, as contas foram objeto de rejeição”, ponderou.
Para Luis Cesar Bueno, os integrantes da comissão estão enfrentando um “tiroteio” de números, sendo que há discrepâncias entre o que os integrantes do governo e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apresentam. Segundo ele, os dados apresentados pelos membros do governo anterior são os que mais convencem, pois são baseados em relatórios e movimentações financeiras concretas.
“Expurgando a operação da CELG e considerando que o governo Alcides herdou R$ 952 milhões de restos a pagar, a conta vai de encontro ao que o Secretário da Fazenda apresentou, que está muito distante ao que está sendo propagandeado. É o tiroteio de números que estamos vivendo”, pontuou.
Pagamento do funcionalismo
Endossando o discurso do ex-secretário da Fazenda, Célio Campos, Luis César Bueno afirmou que o pagamento do funcionalismo do mês de dezembro, poderia ter sido feito até o dia 10 de janeiro, como determina a lei, pois havia previsão de receita para isso.
“Eles insistem dizer que a receita apurada de 20 a 30 de dezembro que entrou em arrecadação nos primeiros dias de janeiro não conta como arrecadação do mês. E se você considerar que o governo tem até o dia 10 pra pagar a folha, significa que existia um crédito suficiente para isso. Se não pagou a folha de dezembro é porque foi uma questão de conveniência política, como tem sido até o momento”, disparou.
“O que a gente tem visto é que sem irregularidades concretas, o governo faz da CPI um palco político para desviar a atenção da agenda negativa e da ausência de obras”, concluiu o petista.