Durante o isolamento social, quem tem filhos se vê diante de um grande desafio: cuidar das crianças sem deixar de lado as responsabilidades do trabalho em home office. Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #117, Karina Maristela, diz que por mais que haja esforço para criar um ambiente agradável a toda a família, é preciso haver tempo para si próprio.

“Eu preciso criar um ambiente agradável, divertido, leve, prazeroso, mas eu preciso aceitar aquele dia em que eu talvez esteja desanimada e não esteja com o pique total”, afirma.

Karina Maristela conta que está há mais de seis meses cumprindo o isolamento social, depois que 15 pessoas da família acabaram contraindo a Covid-19 ao mesmo tempo. Ao se dividir entre trabalho e filhos, e tomando a própria experiência como base, a psicóloga afirma que é importante reconhecer o próprio limite na quarentena, sem deixar de lado os cuidados.

“Eu percebi que eu precisava de um tempo, para que eu lesse algo que eu gosto, para que eu escutasse algo da Karina adulta e não só da Karina criança. Então o primeiro aprendizado é reconhecer nossos limites. É entender que tem dias muitos bons, mas tem dias cinzas também, e está tudo certo com isso, eu não preciso estar alegre todos os dias”, explica.

Para a psicóloga, a pandemia ensinou que a felicidade em família está nas coisas e gestos simples. “Eu não preciso ser consumista, não preciso exagerar. Eu posso ser feliz com o pouco. Acho que a pandemia veio para mostrar isso, o que eu precisava resgatar, estava dentro da minha casa, e eu tinha perdido isso tudo”, reconhece.

Assista à entrevista a seguir no STM #117