A cidade de Anápolis completa 106 anos e o fato merece comemoração. Anápolis conserva o jeito de interior com um desenvolvimento invejado por todas as capitais. Ali, os compadres continuam se reunindo nas praças, mas rejeitam o compadrio. Anápolis recuperou seu prestígio político, a economia voltou a crescer e a população ganhou a esperança de dias melhores. Assim, o que lhe foi passado como presente maior no aniversário é ter um presente melhor que o passado.
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Anápolis emprestou ao Estado seus dois governadores intelectuais, Henrique Santillo e Irapuan Costa Júnior. De matizes ideológicos bem distintos, mas ambos cultores dos livros, apreciadores da arte, incentivadores da cultura. Atualmente, são de Anápolis três pré-candidatos a governador filiados a grandes partidos: Júnior Friboi, do PMDB, e o prefeito Antônio Gomide, do PT, que podem ter a oportunidade em Goiás; e Henrique Meirelles, do PSD, tido como provável opção do lulismo em São Paulo. É Anápolis voltando aos bons tempos de Santillo e Irapuan, porque antes de Gomide o município sofreu com o caos.
Chamada de Manchester por sua pujança empresarial, Anápolis revê a ascensão econômica. O Distrito Agroindustrial, o Daia, é uma potência que se tornou exponencial e precisa ser ampliado. Sobram indústrias querendo se instalar no Daia, falta investimento do poder público no local. Sobram viadutos nas duplicações das BRs 153, entre Goiânia e Itumbiara, e 060, entre a Capital e Rio Verde. E sempre faltou um viaduto no Daia, só agora em construção. Na Assembleia, seus dois deputados estão no baixíssimo clero. Na bancada goiana no Congresso Nacional, Anápolis é muito mal representada, com apenas um integrante. Nas bélicas discussões sobre emendas ao Orçamento, Anápolis tem a mesma vez e a mesma voz que cidades cem vezes menores. Não que as pequenas não mereçam crescer, mas Anápolis faz por merecer cem vezes mais.
Parabéns a Anápolis e a seu povo, verdadeiro autor do progresso vivido pela cidade.
