Em cima: Delegado Waldir, Major Vitor Hugo, Delegado Humberto Teófilo e Paulo Trabalho. Embaixo: Edson Tavares, Marcelo Conrado, Major Araújo e Lucas Kitão | Fotos: Reprodução 

Dos três deputados estaduais do PSL em Goiás dois já sinalizaram com a intenção de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro na criação da nova sigla, que deve se chamar Aliança pelo Brasil. Um deles é o deputado Paulo Trabalho. “Deixo bem claro o meu posicionamento de acompanhar o Presidente da República, eu fico bastante traquilo nesse sentido, porque fui eleito junto com o presidente”.

O deputado disse que acredita no projeto de Bolsonaro, que segundo o parlamentar “está correspondendo com as expectativas”. Paulo Trabalho citou seu eleitorado e afirmou que em sua grande maioria é idêntico ao seu perfil, “quer ser de direita, quer ser conservador, defensor dos princípios, do cidadão de bem e da família”, pontuou. Paulo enfatizou que irá seguir Bolsonaro. “Minha tendência é seguir o presidente Jair Messias Bolsonaro para o partido que ele estiver ou para o partido em que eu me sinta confortável em apoiá-lo. Eu não aceitaria estar num partido que faz hoje oposição ao Presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, concluiu.

Da mesma forma que Paulo Trabalho, o também deputado estadual Humberto Teófilo anunciou que pretende deixar o PSL. O parlamentar disse que vai haver um enfraquecimento nas bases nos municípios com a saída do presidente. “Muitos deles com a bandeira bolsonarista, isso com certeza vai enfraquecer, então minha decisão será tomada sim, não demoro muito, até porque não fico em cima do muro”, disse.

Teófilo disse que será preciso ver a questão partidária e quais os efeitos da criação de um novo partido. “Se o Bolsonaro vai para outro partido ou se ficará sem partido, então não tem nada definido ainda. Mas a minha bandeira continuará sendo a mesma, sempre defendendo Bolsonaro como faço insistentimente nas minhas redes sociais, até porque o meu público a maioria é da extrema direita, então eu tenho que respeitar e seguir aqueles que votaram em mim”.

Diferente de Humberto Teofilo e Paulo Trabalho, o outro deputado estadual do PSL em Goiás, Major Araujo revelou que pretende se manter na sigla. “Eu não pretendo ficar mudando de partido, seguindo um líder ou por qualquer outra conveniência. Eu acho que o PSL está muito bem, está estruturado em Goiás, o PSL é um dos grandes partidos do Brasil não vai reduzir o seu tamanho porque reduz a bancada”, pontuou.

Major Araújo considerou a proporção de parte da bancada que pode deixar a sigla, mas acredita que o partido seguirá forte. “Vai ser detentor de tempo de televisão, de financiamento público de campanha em virtude da eleição de 2018, e será grande. Eu não vi tantas pessoas deixarem o partido em razão da saída ou do anúncio da saída do presidente, eu pretendo permanecer no PSL, estou muito bem no PSL, muito a vontade, sou bolsonarista, continuarei sendo, mas militando no PSL”.

Seguindo o exemplo do deputado Major Araújo, o único integrante do PSL na câmara de vereadores de Goiânia, o vereador Lucas Kitão decidiu por permanecer na legenda. Kitão iniciou sua carreira política no PSL e se identifica com o partido. “Estou lá porque me identifico com essa ideologia liberal do estado mínimo, de menos estado, menos imposto, otimizar os serviços públicos, distribuir a renda com responsabilidade, melhorar a qualidade de vida do cidadão, acho que essa é a pauta da atualidade, essa é a ideologia verdadeira do PSL e não vai mudar nada para gente, continuo lá trabalhando muito”.

O vereador Lucas Kitão espera que o PSL faça a diferença nas próximas eleições e disse que irá cobrar medidas do presidente da sigla em Goiás, o deputado federal delegado Waldir. “Vou sugerir cobrar do nosso presidente, delegado Waldir, que juntamente com os filiados estou disposto a contribuir, que a gente crie uma agenda propositiva para Goiânia, para solucionar os problemas da cidade de verdade, e não só ficar preso a essas questões ideológicas. Lamento a saída do presidente, o partido perde alguns filiados, mas continuará vivo e crescendo diariamente”, afirmou.

A convenção do partido Aliança pelo Brasil que contará com vários políticos que estão saindo do PSL está prevista para o dia 21 de novembro.