O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), admitiu manter as secretarias municipais de Turismo e de Trabalho, que estão na lista das oito pastas a serem extintas na reforma administrativa. O projeto tramita na Câmara de Vereadores desde o fim de março e foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça.
O prefeito passou a pensar na possibilidade após ouvir argumentos de parlamentares da base de apoio na Câmara. “Tive uma reunião com a base de vereadores e alguns deles afirmaram que se nós promovêssemos essas reformas, nós estaríamos impossibilitados do ponto de vista legal de recepcionar recursos dessas áreas, não é o parecer jurídico. O compromisso que fiz com eles é que se esse impedimento legal existir, nós repensaremos,” diz.
O alerta aos vereadores sobre a possibilidade foi dado por representantes de setores ligados ao turismo e ao sindicalismo, que nas últimas semanas engrossaram o lobby pela manutenção das duas secretarias. A pressão partiu do Trade Turístico e de sindicatos dos trabalhadores.
Pela proposta do Paço, a pasta de Turismo passa para a jurisdição da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, e a do Trabalho para a Indústria e Comércio. Já a extinção da Secretaria do Trabalho poderia levar à suspensão de convênios que a pasta mantém com o Ministério do Trabalho, de mais de R$ 12 milhões.
O texto será apreciado em primeira votação na próxima semana. Sobre o déficit de R$ 50 milhões mensais na prefeitura, o prefeito Paulo Garcia desconversou. “Essa é uma realidade de todos os municípios brasileiros. Nós estamos equacionando. Por isso eu tenho conclamado a nação para nós repactuarmos a federação,” declara.