Se o elenco ainda não é o que todos esperavam, o trabalho forte e sério promete compensar qualquer coisa. O Vila Nova, depois de 31 dias do fatídico dia em que foi rebaixado no Goianão, formou outro time e está preparado para a estreia na Série B, diante do Luverdense, nesta sexta-feira, às 19h30, no Serra Dourada. Com esse novo Vila, o técnico Sidney Morais espera um resultado melhor e descarta ser vítima de uma grande pressão logo de cara, na 1ª rodada.

“Não tem pressão nenhuma, acho que a diretoria tá tranquila e a gente também, tanto o Roni quanto o Tim, a gente tem muito foco. A gente sabe da torcida, que ela fica carente, tá triste e chateada com razão pelo aquilo que foi apresentado no início da temporada, mas uma reformulação, uma mudança, outra competição e outro tipo de jogador e isso tem que ter tempo, requer um profissionalismo grande pra você não tropeçar na frente”

Sidney, aliás, já demonstrou no dia a dia do Vila ser um técnico diferente. Um exemplo visível disso foi na manhã desta quinta-feira, último treino antes da estreia, onde se espera o tradicional treino recreativo na véspera da partida, mas o que se viu foi um treino bem puxado, focado nas bolas paradas. Ela será uma grande arma colorada na competição e Sidney entende que a maioria dos gols no futebol atual sai dessa forma, com muito treino.

“Totalmente, mudou muito o futebol e bola parada, se você não tiver atenção e não trabalhar, está dando um tiro no pé. A maioria dos gols hoje é bola parada, seja falta ou escanteio, e você tem que estar atento. Treinando já é difícil, se você não treinar, se paga um preço muito alto. Eu gosto muito de treinar isso durante a semana, um dia antes do jogo, prefiro a bola parada do que um rachão”

Um exemplo de bola parada de sucesso hoje no futebol mundial é o Atlético de Madrid, que mesmo sem ter um elenco estrelado, conseguiu com aplicação parar grandes clubes da Europa, como o Real Madrid. Esse inspiração se mistura com o discurso humilde do Vila para a Série B, que sabe a importância de triunfar nos jogos do Serra, mas sabe ainda mais a necessidade de pontuar em todos os jogos.

“Às vezes, teoricamente, você acha que um jogo em casa é fácil e aí você se complica, e às vezes um que é difícil, você consegue ganhar. Não tem muito segredo, é mais levar todo jogo da mesma maneira. Pontuar é sempre bom na Série B, seja um pontinho já ajuda muito, eu por exemplo não subi por causa de um ponto. Tem que levar todo jogo com entrega e tentar pontuar”