O Ministério Público Federal (MPF) recebeu representação e poderá abrir nova investigação para saber se o ministro da Economia, Paulo Guedes, usou informações privilegiadas para beneficiar empresas mantidas por ele e por sua família. Além do caso da offshore (empresa em paraíso fiscal) de Guedes nas Ilhas Virgens Britânicas, o pedido de inquérito levanta suspeitas sobre um fundo de investimento no Brasil — que rendeu ao ministro R$ 6,9 milhões em um ano e cinco meses.
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No caso da offshore, a filha de Guedes é sócia e diretora desde 2015 e a esposa do ministro também é sócia. O caso foi revelado em investigação feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos chamada de ‘Pandora Papers’. Guedes é acionista dessa offshore, a Dreadnoughts Internacional, cujo patrimônio é de mais de R$ 50 milhões. O negócio pode ter lucrado mais de R$ 16 milhões com a desvalorização do real diante do dólar durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.
A representação ao MPF pede que seja analisado o extrato de operações realizadas pelo fundo de investimento desde o momento em que Guedes assumiu o cargo até este ano de 2021. Há ainda pedido para que o MPF solicite o extrato de operações realizadas pelo fundo e informações sobre os verdadeiros gestores da offshore.
Fundo
Além da offshore, a representação apresentada pelo deputado Elias Vaz (PSB/GO) aponta a existência do fundo de investimento de Guedes. Conforme o parlamentar, na DCI, o ministro afirmou que é o proprietário exclusivo do Descartes Fundo de Investimento Multimercado.
Não bate
Segundo informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia ligada ao Ministério da Economia, o fundo, no valor de R$ 15,7 milhões, é administrado pelo banco Itaú desde 31 de janeiro de 2019. Conforme o deputado, um relatório de 30 de junho de 2020 mostra que o fundo passou a valer R$ 22,6 milhões, R$ 6,9 milhões a mais no prazo de um ano e cinco meses.
Alegação
Em audiência na Câmara dos Deputados, Guedes disse que o investimento está em um blind trust (confiança cega, em tradução direta). Ou seja, é administrado por outro grupo. “O senhor pode acreditar ou não, eu não sei quanto tem. Porque é um blind trust e não é meu foco hoje. Eu sabia quanto eu tinha de recurso quando eu cheguei e fui trabalhar e não estou perguntando quanto é, quanto não”.
Pé na estrada
Em Quirinópolis, Gustavo Mendanha (sem partido) voltou a repetir que está à disposição para ser candidato a governador de Goiás. O prefeito de Aparecida de Goiânia segue sem cravar oficialmente, mas trabalha como pré-candidato ao governo. Ele esteve, nesse fim de semana, em Quirinópolis e em São Simão. O gestor participou de eventos nas Câmaras municipais das cidades do interior goiano.
Apoio
Mendanha conta, principalmente, com o apoio do PL para disputar o governo do Estado, como oposição ao governador Ronaldo Caiado. Flávio Canedo, presidente do partido, já disse que o PL apoiará o prefeito independente da posição dele em relação a Bolsonaro, que se filia nesta terça-feira (30), ao menos é o prevê a agenda do partido.
Necessário
Adoção do passaporte de vacinação contra a Covid-19 pela Universidade Federal de Goiás (UFG) foi aprovada pelo Conselho Universitário da universidade (Consuni), na sexta-feira (26). Ao todo, foram 55 votos favoráveis e duas abstenções. A adoção do comprovante de imunização foi colocada em pauta a pedido do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato).
Prioridade
Durante a reunião em que foi realizada a votação, o professor e presidente da Adufg, Flávio Alves da Silva, ressaltou a importância do ambiente acadêmico e do esforço para que a saúde e a vida dos estudantes e servidores sejam prioridade. “Na visão da ciência, o passaporte de vacinação é uma política pública para a proteção coletiva e o estímulo da imunização. Vacinas salvam vidas e todos os dados científicos comprovam isso”, afirmou.
