Em 2014 uma nova diretoria assumiu o Goiás, encabeçada por Sérgio Rassi na presidência e vem sofrendo com um grave problema: falta de público nos jogos do Verdão. De acordo com a torcida, os caros ingressos cobrados na alta gestão e o time nada atrativo são os principais motivadores para esse vazio no Serra Dourada.

Para contornar a falta de renda com bilheterias, a diretoria adotou a política de vender os jogos com grande apelo de público, mais recentemente o duelo contra o Flamengo, que foi parar na Arena Pantanal, em Cuiabá. E isso vem gerando muitas críticas aos dirigentes, que vivem o dilema de deixar o time perto da torcida ou tentar faturar quantias extras para o caixa.

Nessa semana o vice-presidente do clube, Paulo Lopes, rebateu as críticas recebidas pelas vendas dos mandos de campo e, em entrevista ao programa Arena Sportv, declarou que a culpa do fracasso de público é da administração do Serra Dourada, minimizando a presença da diretoria esmeraldina na questão.

“Nosso estádio não é moderno, não são como as arenas da Copa. Não oferece a segurança necessária, não tem conforto, nenhum tipo de camarote, cadeira numerada, nada. Não houve qualquer melhorias em muitos anos. Estamos sendo julgado porque a torcida entrou com uma bomba nas arquibancadas, é uma coisa totalmente fora de lógica”, explicou o vice-presidente do Goiás, ao vivo no programa.

O fato não repercutiu bem em Goiânia e gerou desconforto entre a administração do Serra Dourada e a diretoria do Goiás. A gerente do estádio, Izabella Maia, devolveu as declarações e comentou que a culpa é do clube e não do Serra Dourada, nomeando inclusive a diretoria do Verdão como “inoperante e passiva”:

“A culpa é muito mais da diretoria, da qual o senhor (Paulo Lopes) faz parte, do que a estrutura do Serra. A torcida está desanimada e iludida com essa diretoria inoperante e passiva que não consegue melhorar a situação do time. Não resolvem a situação financeira, que vive a maior crise de todos os tempos, e não contratam jogadores. O que precisa de reformas urgentes, antes do Serra, é essa diretoria do Goiás”, afirmou.

A administração do Serra Dourada chegou a anunciar uma grande reforma no estádio para o início desse ano, tendo que alterar inclusive e agenda do Campeonato Goiano, realizado nos primeiros meses do ano. Porém, o processo burocrática e legal para liberar as verbas públicas para as obras nunca se concluíram e a reforma ainda não tem nova data marcada.