Alívio. Esse não foi apenas o sentimento na voz de PC Gusmão, como também a expressão facial do treinador rubro-negro, que estava pressionado, mas contou com a vitória do Atlético, de virada, por 3 a 1 para cima do Boa Esporte. O treinador fez questão de explicar todo o mistério antes do jogo: segundo PC, alguns jogadores estavam com febre devido a uma infecção de garganta e, por isso, não divulgou a escalação.
O treinador explicou também que não teve um tempo maior para treinar, por isso não comandou um treino tático, e encerrou o caso dizendo que nunca foi de fazer mistério. Sobre o jogo, PC pôde puxar um pouco da responsabilidade da vitória para si, já que colocou João Paulo e Juninho no 2º tempo, dois jogadores que balançaram a rede. Só que o treinador ficou insatisfeito com o 1º tempo do time.
“O 1º tempo, eu falei pra eles no vestiário, esquece tudo. A gente assistiu o Boa marcar e jogar e ficamos só na correria. Falei para eles esquecerem e fizemos as duas mudanças. As vezes o treinador pensa uma situação, desenha e elas acontecem, como hoje deu certo, e outras vezes não deram, faz parte da nossa profissão. Estou procurando uma melhor formação, aquela ideal, ainda. Hoje as coisas se desenharam, o João mostrou uma qualidade que é original dele, que é indiscutível, o Juninho fazendo a beirada e distribuindo jogo, e o Diogo naquela luta constante, sempre em cima.
Mas o alívio de PC corresponde apenas pela vitória em si, algo que o time precisa, mas não por uma possibilidade de ameaça ao seu emprego. O treinador garante que está seguro no clube e que jamais pediria para deixar o time nesse momento, e como exemplo, lembrou da proposta que teve de ir para a Série A treinar o Criciúma, há três semanas, e acabou recusando. O treinador ressaltou a amizade que tem por Adson Batista como um dos motivos para confiar no projeto.
“Há 15 dias atrás eu tive uma oportunidade de ir para a Serie A, e com o time na dificuldade, eu não saí. O Adson é meu amigo pessoal a gente conversa sobre tudo, até sobre montagem de time, a gente sempre discute, e eu só sairia se ele mesmo quisesse, e mesmo assim continuaríamos amigos. Entregar não, acho que meu grupo me entende bem e está se entregando nos treinamentos, as vezes a gente sai triste daqui com o resultado, como quando o time perdeu para o Joinville e estava bem. No intervalo, eu saí p… da vida com esses caras porque sabia que o time não era só isso, e depois veio a vitória”