Os problemas de saúde do pai no Rio de Janeiro e, acima de tudo, a campanha irregular neste início de Série A não seguraram a permanência de PC Gusmão no comando técnico do Atlético. Nesta quinta-feira, em reunião entre a diretoria e a comissão técnica, nas figuras do preparador físico Jorge Sotter e do auxiliar Jairo, no CCT do Dragão, foi decidido o desligamento do treinador do clube rubro-negro.
Em pouco mais de três meses, PC passou por problemas internos, como o afastamento do volante Ramalho após a partida contra o Ceará, e também um bate-boca com um torcedor, dentro do CCT, após a partida contra o Corinthians, onde o treinador foi cobrado por uma alteração na equipe. Em entrevista coletiva, o diretor de futebol do clube, Adson Batista, explicou a decisão pela saída do treinador.
“Foi de comum acordo pelo momento que o profissional passa em sua vida particular, sua família, e fica aqui nosso respeito, nossa admiração e nosso carinho pelo PC, mas não podemos esperar mais. O clube passa por um momento de dificuldade na tabela e precisa de uma referência, de um treinador. Ele foi bicampeão goiano e em nenhum momento vamos esquecer essa conquista, mas no futebol esses momentos acontecem”, ressaltou.
Adson ainda destacou que o problema de saúde do pai do treinador foi o grande causador da saída dele do Atlético, decisão que também passou pela vontade de PC. O diretor de futebol acredita que, para o Dragão tentar sair da situação incômoda na zona do rebaixamento, a chegada de uma nova referência fará bem ao clube.
“Tomamos essa decisão porque ele não tem cabeça no momento para poder fazer o que o Atlético precisa nesse momento, que é uma recuperação no Brasileirão. Nós não planejamos estar onde estamos nesse momento na tabela, mas isso é do futebol e nós temos que ter serenidade e equilíbrio para sair disso. Ele não podia contribuir nesse momento, foi uma decisão que partiu dele e de nós da diretoria, foi um consenso de que seria o melhor para o clube”, destacou.
A segunda passagem de PC Gusmão pelo Dragão durou três meses e 10 dias, onde o treinador conseguiu levar a equipe ao bicampeonato goiano, mas não soube dar um padrão de jogo ao time. Foram 16 jogos no comando rubro-negro, onde o Atlético conquistou quatro vitórias, quatro empates e oito derrotas, um aproveitamento de apenas 33,3%, número bem inferior aos 73% conquistados na primeira passagem, em 2009.