À CPMI do Cachoeira no Congresso NAcional nesta terça-feira (12), o governador Marconi Perillo negou qualquer interferência de Carlinhos Cachoeira no Governo de Estado. Segundo, o tucano, algumas indicações foram feitas pelo senador Demóstenes Torres (sem Partido), dentre elas, Wilder Morais, que ocupa a Secretaria de Infraestrutura.

Segundo Marconi, a ex-chefe de gabinete, Eliane Pinheiro, foi indicação do ex-secretário de articulação, Fernando Cunha. Perillo explica que Pinheiro percorreu o Estado para ajuda-lo na campanha de 2010, com isso, ela foi indicada para a função.

 

Questionado sobre a relação de Eliane com Cachoeira, Perrilo disse ter ficado sabendo posteriormente, mas a ex-chefe afirmou que nunca se envolveu em nenhuma atitude ilícita do contraventor. Em relação ao Nextel, habilitado em Miami, que ela teria, Marconi diz: “Não tenho a menor informação”.

 

Marconi revelou que conhece o ex-vereador Wladimir Garcez há mais de 20 anos, quando ainda eram do PMDB. Além disso, Garcez era influente na política em Goiânia e apoiou as campanhas do tucano. Com isso, o ex-presidente da Câmara Municipal apresentou indicações de cargos ao governador.

Sobre a indicação do secretário de Segurança Pública, João Furtado: “João Furtado é Procurador do Estado, concursado, uma das pessoas mais qualificadas. Foi indicado por mim”.

A respeito do ex-procurador Geral do Estado, Ronald Bicca, também citado em interceptação telefônica, Marconi destaca a respeitabilidade do mesmo e afirma que ele colaborou em seu governo. Perillo diz ainda que o próprio procurador não atendeu nenhum dos pedidos feito pelo grupo de Cachoeira, pelo contrário, os pareceres foram contrários aos interesses dos mesmos.

Perillo também saiu em defesa do secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy: “Não sei se ele é o menino de ouro do Cachoeira, mas nosso é”. O tucano destaca que Baldy é articulado e conseguiu atrair um investimento de R$ 10 bilhões para o Estado.