Por meio de nota, o senador Marconi Perillo (PSDB) respondeu reportagem publicada no Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO nesta quinta-feira (29). Intitulada “Senadores põem na campanha assessores pagos pelo Congresso”, a matéria informa que muitos assessores que, oficialmente, deveriam apenas cumprir expediente nos gabinetes do Senado, estão nas ruas pedindo voto, coordenando e ajudando na corrida eleitoral de senadores na disputa pelo governo dos estados.
Segundo a reportagem, dos 53 senadores que disputam as eleições, 33 aumentaram o quadro de servidores de confiança entre julho de 2009 e julho de 2010 e transferiram a maioria para os Estados. “Quem não aumentou adotou a segunda manobra e tirou seus funcionários de Brasília”, traz o texto.
“Os senadores aproveitaram a calmaria no Congresso – serão realizadas apenas duas semanas de votações até as eleições de outubro – para esvaziar seus gabinetes em Brasília. Hoje, há cerca de 1,1 mil assessores espalhados pelo País recebendo salários do Senado sem nenhum tipo de fiscalização por perto que os impeça de atuar como cabos eleitorais”, complementa.
A matéria cita o senador goiano Marconi Perillo, que é candidato ao governo do Estado pela coligação “Goiás quer Mais”.
“O tucano deslocou 25 assessores para Goiás e manteve apenas quatro no Senado”, descreve.
RESPOSTA
Em nota, enviada por sua assessoria, Perillo respondeu a reportagem. “Os servidores do meu gabinete, mesmo os que estão lotados no escritório de representação no estado, exercem atividades estritamente de suporte técnico e assessoramento da minha atividade parlamentar e se encontram em situação regular”, argumentou.
A nota informa que, dos servidores públicos lotados no escritório parlamentar de Goiânia, três foram remanejados em 2010 e as transferências são decorrentes de suprimento de cargos vagos e necessários para a normalidade do funcionamento do escritório de representação.
“Em 7 de maio de 2010, ou seja, antes mesmo do pré-lançamento de minha candidatura, determinei – por meio de ato do meu escritório em Goiânia protocolado no Senado – que os servidores ligados à atividade parlamentar não participem de atos de campanha sob pena de responsabilidade pessoal”, conclui.